"Não procureis conhecer Buda por sua forma ou atributos, pois nem a forma nem os atributos são o Buda real. O verdadeiro Buda é a Iluminação. A verdadeira maneira de conhecer Buda, é buscando a própria Iluminação."
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nindasi yajana vidher-ahaha sruti-jatam
sadaya-hridaya! darsita-pasu-ghatam
kesava! drta-buddha-sarira! jaya jagadisa! hare (9)
O' kesava! O' Senhor que apareceu na forma de Buddha! O' Jagadisa! O' Senhor que destroi o ateismo! O' Hare! Todas as glorias a Voce que tem o coracao cheio de compaixao. O' Senhor, Voce apareceu para advocaciar a nao-violencia como a suprema religiao. Ahoo! Voce rejeitou os Srutis Vedicos prescristos para a execucao de sacrificios que causavam sofrimento aos pobres animais.
[ Sri Dasavatara-stotram, Jaydeva Gosvami ]
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Ahimsa
O Senhor Buddha (a nona enacarnacao de Vishnu ) apareceu em uma epoca nao muito diferente da qual vivemos. As pesoas tambem matavam os animais em nome das escrituras. Sua pregacao contra os Vedas foi tao intensa que Ele conseguiu infiltrar Sua reforma por toda a India. Praticamente todos os Reis e Brahmanas curvaram-se ao Seus renovadores ensinamentos.
Se alguem tem o poder de contrariar toda a lieratura Vedica e assim estabelecer sua propia doudrina; tal pesonalidade tem que estar emponderada para cumprir tal fasanha.
Existem varios tipos de avataras, a saber: purusa-avatara, Lila-avatara, Guna-avatava, Manvantara, Kalpa-avatara, Saktyavesa-avatarar. Entre todas estas encarnacoes o Senhor Buddha e' considerado um Saktiavesa-avatara ( encarnacao empoderada ). Ele se compara a todas as outras encarnacoes Saktiavesa de Vishnu das quais respeitamos, como por exemplo: Kapila Deva, Rsabha Deva, Ananta Deva, Brahma, Narada, Prthu, Parasurama.
Para que a propaganda do buddhismo fosse eliminada e os Vedas outra vez restabelecidos, uma outra encarnacao tao poderosa foi necessario aparecer, dai o surgimento de Sri Sankara Acarya.
Com isso, podemos concluir que a tarefa de Buddha foi extremamente brilhante, pois nenhuma outra entidade foi capaz de desafiar e desestruturar a filosofia Vedica como Ele fez.
Da mesma forma como Sri Krishna quebrou Seu voto ao matar Bhisma Deva na Batalha de Kurukshetra para salvar Seu amado devoto Arjuna, o Senhor Buddha desafiou as autoridade dos Vedas o qual Ele mesmo (Vishnu) o havia originalmente criado.Desta forma, utilizando-Se apenas da difusao do Ahimsa ( nao violencia ), Ele conquistou os coracoes dos arrogantes Brahmanas e Reis de Sua epoca. E tudo isso simplismente para garantizar a protecao dos inocentes animais; tamanho e’ o poder de Seu amor.
Kesava! drta-buddha-sarira! jay jagadisa! hare
Seu insignificante servo
Hari Saran das
Meus amigos...
O Buddha pode muito bem ser visto como "um filho rebelde do hinduísmo". Na
verdade, os ensinamentos do Buddha são uma grande reforma hindu, que podia muito
bem servir para uma grande reforma filosófica da humanidade atual.
Na época de seu aparecimento os brâmanes eram considerados como "o povo
escolhido", que se achavam muito eruditos, e as outras classes, deveriam servir
aos brâmanes, sem nenhuma garantia de ascensão espiritual. Dessa forma, com base
no "nós temos a verdade", criou-se dentro do hinduismo um corporativismo muito
forte centrado nos brâmanes que eram os ocupantes dos cargos sacerdotais,
vitalícios e hereditários, e disso, fizeram o sustento de grandes Ashrans,
construídos com o desejo do desenvolvimento econômico e gozo do falso prestígio
social para os sentidos . Todos aqueles que se insurgiam contra este sistema
injusto e sufocante, ousando discordar ou mesmo manifestar seus
pensamentos, eram carimbados de forma cruel, sendo considerados "ofensores" logo
sendo tachados com a pecha de "demônios".
Neste ambiente, o Buddha pregou, debaixo de uma figueira:
1) uma religião desprovida de autoridade - livre do controle administrativo e
ritualístico de certas castas. Certa vez o Buddha disse: "Não acredite em nada
dito, que não seja comprovado antes, pelo seu coração".
2) uma religião desprovida de rituais - o Buddha se divertia muito quando
citava a forma suplicante cheia de palavras floridas que os sacerdotes usavam na
intermediação das súplicas públicas.
3) uma religião desprovida de tradição - centrada unicamente no esforço
pessoal.
4) uma religião desprovida do sobrenatural - mitomania induzida, geralmente
centrada no corporativismo sigiloso dos sacerdotes e nos comerciantes
apadrinhados à sua volta.
O Buddha ensinou que a crença nisso eram os grilhões que aprisionavam o
espírito humano.
Disse o Buddha: "Há um caminho para o fim do sofrimento e da sujeição às
instituições religiosas organizadas. Trilhai-o."
"Uma coisa eu ensino", disse o Buddha: "o sofrimento e o fim do sofrimento. A
sujeição à intermediação das instituições organizadas ou o despertar para o
Divino. É apenas o mal e a cessação do mal que eu proclamo."
"Portanto òh monges, sede lâmpadas para vós mesmos. Não vos valhais de
qualquer refúgio externo. Agarrai-vos, como refúgio, à verdade, ao Dharma.
Trabalhai assim, diligentemente pela sua salvação."
Os homens ficavam perplexos com as atitudes nobres dos ensinamentos de
Siddharta, que sem buscar os "holofotes da vaidade", dizia verdades sem
reservas, sem mesquinharias, muito maiores do que o corporativismo das
instituições e dos sacerdotes que delas se serviam, conseguiam agüentar...
Perguntaram então ao Buddha: O que você é? A que ordem pertence? Que espécie
você representa?
És um Deus? Não, respondeu o Buddha.
És um anjo? Não, respondeu-lhes.
És um profeta? Não, respondeu-lhes novamente.
O que és então??? e Buddha respondeu: Eu sou desperto
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