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BAIXO AS BANDEIRAS

 

Sri Srimat Radharamana Charan Das Deva, (1853-1905), popularmente conhecido como ‘Barha Baba’, que significa ‘Baba, o grande’ vem de uma respeitável linha vaishnava, seu  sannyasa guru  foi Gourahari Das Babaji, que por sua vez, foi discípulo de Sri Jagannatha Das Babaji.
 

Ele nos deixou um legado de ensinamentos e vida, abaixo fazemos suas palavras a bandeira que impulsiona nosso entendimento do que seja a religião deixada por Cheitanya Mahaprabhu, quando lhe foi perguntado a que grupo devocional pertencia ele deixou um tesouro em palavras que deve ser perpetuado nos corações de todos que aspiram reunir os irmãos vaishnavas em um canto uníssono e harmonioso de beleza e verdade.

“A que seita você se refere se Deus é único e tudo a Ele pertence . As diferentes bandeiras são apenas diferentes meios de apreender a mesma Verdade Eterna.
Todas as diferenças cessam quando o devoto se vê frente a frente com a Verdade.
As diferentes bandeiras só representam as diferentes tentativas de conceber a Idéia Divina.
De fato, essas linhas de pensamento que podem ser e devem ser unificadas e
reconciliadas num todo harmonioso.
Ao se erguer uma bandeira sempre estaremos incluindo alguns e excluindo outros.
Todavia, a religião é um todo indivisível, que admite todas essas diferentes concepções dentro dos diferentes estágios da evolução espiritual.
Assim é que existem Gurus de diferentes vivências espirituais, em diferentes estágios na realização de Deus, alguns nos passos iniciais, outros no meio e ainda outros no topo da evolução, que ensinam seus discípulos segundo seu poder de compreensão, gerando pequenos grupos que hasteiam suas bandeiras.
O fato é que não existem essas bandeiras particulares na religião de Deus, pois a religião é só uma.
Aceitamos os princípios do Gaudiya Vaishnavismo, embora não pensamos que estes devam formar um grupo exclusivo que diminua o caráter universal da religião de Sri Gouranga, somos seguidores de Sri Cheitanya ou Sri Gouranga que nos outorgou a Sua Religião de Amor e Beleza, que é a religião perfeita para toda a humanidade, nos passos de Nityananda e por isso nunca tomamos qualquer que seja a declaração como ofensa.”
 

QUEM PROCURA INIMIGOS ?

Em primeiro lugar  temos de nos situar como seguidores de Cheitanya Mahaprabhu, ou seja, Cheitanitas ou Gourias mais precisamente na linha de Rupa Gosvami.  Uma das primeiras coisas que se aprende na pregação do Vaishnavismo no Ocidente é o caráter universalista  da religião de Mahaprabhu. Ninguém detém a concepção Mahaprabhu com exclusividade ou seja ninguém pode dizer só aqui está Mahaprabhu . O oceano da misericórdia não cabe dentro de paredes, impossível. A mensagem de Cheitanya é para todos seja qual for o ashrama ou varna. Nada mais deve ser escondido dos Ocidentais, a verdade deve ser trazida à tona. As diferentes visões de diferentes grupos são apenas auxiliares, nenhuma delas é absoluta. Existem duas bandeiras: a do bem e a do mal. Assim quem dentro de sua missão tenta trazer desarmonia e ódio aos irmãos, evidentemente não pertence ao grupo do avatar Dourado. Mahaprabhu não é somente para  sanyasis ou babajis, jamais.
O tesouro é para todos sem distinção, não é necessário tomar sannyasa, nem abandonar a vida sexual de forma artificial, pois isso é um fruto que amadurece gradativamente com a prática do simples  método de cantar Hare Krishna e se lembrar dos passatempos com um corpo adequado (siddha-deha). A restricao dos sentidos artificial só gerou desarmonia psíquica, mental nos praticantes ocidentais, esse não é método, nem exigência para os iniciantes, é como querer que o aluno recém chegado na faculdade de medicina já possa operar cérebros ou corações,  impossível. Manjari bhava é para todos os Vaishnavas que desenvolveram lobha(avidez), única e exclusiva exigência. A reavaliação da doutrina para torná-la exeqüível é a necessidade e prática que todos nós somos responsáveis. Bhaktivinodha Thakura explicita em suas obras o ekadas bhava como primordial já na iniciação Raganuga onde se abre as portas para o lila ao sadhaka, esse tipo de bhajana foi praticado e aprovado por ele ou seja , o lila smarana ou preces ardorosas(em Manjari-bhava) pode e deve ser praticado antes de se alcançar o estágio de bhava, mais ainda, é exatamente a prática disso que vai levar o sadhaka a chegar a bhava.
É hora de terminar as brigas entre instituições, e entre as diferentes visões vaisnavas, estamos em guerra sim , mas contra os as concepções ateístas. Instituição é um ente jurídico temporário, Mahaprabhu não fundou nenhuma, as que vemos hoje não existiam há 100 anos atrás e muito provavelmente não existirão 100 anos no futuro. A religião caminha nos corações ardentes dos devotos e não nas frias palavras e bandeiras de conglomerados que invertem os valores primorizando o temporário ao invés de realçar o eterno. Não podemos mais pisar uns nos outros.  achando que somos melhores, que nossa compreensão de Mahaprabhu é a melhor. Com siddha pranali ou sem, isso depende de cada um , de sua necessidade interna.  Para os devotos amadurecidos, é imperativo que se dêem  as chaves para adentrar no mundo subjetivo eterno do lila. E por que alguém não o faria?
É obvio  que ao se fechar e travar as portas dos humores internos dos Vaishnavas se obrigou os devotos a voltarem a atenção integral para algo externo(uma vez que no Ocidente não há preocupação com o mundo interno) ou seja, os devotos ocidentais passaram a acreditar que religião é publicar livros, comprar terras, entrar na sociedade laica, ganhar dinheiro, se envolver em ações judiciais, abrir templos, fazer bhaktas e vender livros e quando a morte vier então poderão saber algo mais. Ora, se não se vivenciar ou realizar algo aqui, ou seja se não tivermos a experiência com o Casal Divino através de nossas meditações, sonhos, visões internas, não será depois da morte que algo acontecerá. Raganuga bhakti agora é imperativa. Devemos voltar ao Vaishnavismo como foi praticado por Mahaprabhu e Seus seguidores íntimos e abandonar regras circunstanciais que se voltam apenas para aspectos externos da sociedade hindu. Nada temos a ver com os problemas de casta hindu, nem seus problemas sociais, geográficos e de profundo xenofobismo e misoginia. Os aspectos mais esotéricos deixados por Cheitanya Mahaprabhu  não é para todos, são  para rarissímas pessoas, a esmagadora maioria deverá ainda permanecer por algumas vidas na vida religiosa externa , ou seja, trancafiados do lado de fora do verdadeiro Vaishnavismo, vivendo a dimensão externa da roupa passada e resposta decorada para a sociedade.Todavia, os que buscam opositores e só conseguem viver se vislumbram inimigos são os membros que merecem mais misericórdia, pois ostentam o tipo
de fé mais insipiente e infantil, esses se contentam apenas se todos estiverem ouvindo apenas uma voz, a deles próprios. Qualquer um pode imediatamente detectar um membro do grupo fanático, ele irá dizer: 'oh, aquele é sahajiya, é demônio, está contra a sampradaya' e coisas assim com o único objetivo de jogar areia nos olhos do buscador, fazendo-o pensar que a verdade repousa apenas no seu próprio grupo. A pregação institucionalizada é apenas uma armadilha que com palavras complicadas e clamores de fanatismo apenas esconde Radha e Krsna dos bosques de Vrindavana. O Vaishnavismo no Ocidente só terá sentido se unido em torno de Mahaprabhu e não de nenhum Acharya passageiro e todos eles o são,  os acharyas são estímulos vivos e não o centro de todas as atenções. O que um Acharya diz hoje deverá ser progredido e ampliado amanhã. O Acharya perene está dentro do coração de cada um. O sadhaka tem de encontrar o seu próprio caminho sempre em uma eterna busca, um eterno estudante da verdade,  dependendo apenas do cheitya Guru no coração, que é a manifestação mais pura do Guru tattva. Por isso,  Cheitanya Mahaprabhu é o centro e em torno dEle nos unimos na aura de Seu amor. Quem vive do passado apenas atrasa ou impede qualquer avanço espiritual substancial. É a manutenção do medíocre ao invés da harmonia e mentalidade sadia do terceiro milênio de luz.. Essa mentalidade doentia e negra de inimigos, de opositores , de guerra eterna , é apenas a necessidade pueril que denota completo descontrole emocional sobre si mesmo e profunda perturbação de ordem psicológica de alguns, graças a Deus, poucos, membros infantes do Vaishnavismo. Não podemos nos preocupar com eles, pois ou crescerão e amadurecerão ou serão extirpados como câncer maligno.
Porém, qualquer metodologia que se adote, a adoção será  feita pelo sadhaka com base no que sente como mais confortável e produtivo no seu bhajana pessoal, ninguém pode alegar que o que meu Acharya está falando é a verdade absoluta, pois não caberia em palavras por mais elevado que seja o Acharya. Todos nós estamos cansados de ser enganados.  A decisão de cada um dos praticantes é se tem ou não o direito de tentar praticar Raganuga sadhana, de voar tão alto quanto possa. Este processo não é secreto, todos os acharyas do passado falaram sobre ele, e se prática enquanto se canta a japa, ou seja, ao mesmo tempo, canta Hare Krishna e se medita. Enfim , se com isso se traz um progresso verdadeiro, qual o problema? Se o sadhaka se acha desconfortável nessa meditação, sem problema , não o faça, tudo é gradual, inclusive o celibato, jamais deve ser forçado, 'segure, amarre'  e depois "exploda".
Porém, jamais se pode impingir idéias do passado, fora de contexto, aos seres vivos de nosso tempo, isso deve ser tratado como questão pessoal, de foro intimo  ( o que se deve ou não fazer espiritualmente) ninguém pode invadir esse reino sagrado onde impera supremo o cheitya Guru . Evidente que o bom senso deve imperar.
phulla
 

               

 

 

AS TRÊS GRANDES ONDAS DE SRI CAITANYA MAHAPRABHU NO BRASIL

(História do Movimento Hare Krsna no Brasil - por Vyasa Dasa)

Relato Histórico do Inicio do Vaisnavismo no Brasil em 1973, com A.C. Bhktivendanta Swami Prabhupada, e os demais momentos importantes que se seguiram com a continuidade evolutiva do Estabelecimento de Grandes Acaryas Vaisnavas, sendo Srila Sridhara Maharaja a partir de 1.980 e atualmente Srila Narayana Maharaja.

 

 

 

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