Guardiões da Devoção

Página Principal

VOLTAR PARA A PÁGINA ANTERIOR

CULTURA VÉDICA

 

Death of the Aryan Invasion Theory

THEORIES ON THE ARYAN ORIGINS

THE VEDIC EXPLANATION OF THE ORIGINAL ARYANS

AND HOW THEIR INFLUENCE SPREAD

THROUGHOUT THE WORLD

Vestígios Inter-culturais da Civilização Védica

 

A Cultura Védica do Antigo Egito

 

por Vrndavana Dasa

 



Recentemente, o Museu de Arte Municipal de Los Angeles sediou uma exibição chamada “Faraós do Sol”. Tal exibição revelou-se a exibição mais popular de todos os tempos. Ela trazia artefatos dos reinos de Akhenaton, Nefertiti, e do famoso rei Tut. Acadêmicos modernos clamam que Akhenaton foi o primeiro monoteísta conhecido no mundo. Contudo, o fato é que ele estava, na verdade, revivendo uma tradição religiosa monoteísta antiga. Desconhecida a muitos é a verdadeira natureza dessa religião. Tal religião não só era védica, mas era, verdadeiramente, uma forma egípcia natural do Vaisnavismo.

Pesquisadores provam as raízes védicas de Akhenaton por meio de suas conexões familiares com os povos Hurrian/Mitanni. Todos concordam que o povo Mitanni era um povo falante e escritor de sânscrito e que adoravam os deuses védicos. O que se esquece é o fato de que o pai, a mãe e a esposa de Akhenaton serem todos relacionados ao védico Mitanni. Deste modo, não é surpreendente que a religião de Akhenaton tenha tantas similaridades védicas. A pesquisa de Bhakti Ananda Gosvami prova a natureza Vaisnava de sua religião.
Em 10 de abril de 2000, Bhakti Ananda Gosvami da EOHN (Ecumenical Order of the Holy Name) e a Vedic Empire Productions uniram turnê e apresentação sobre o passado védico-vaisnava de Akhenaton.


Durante as duas horas da turnê, Bhakti Ananda Gosvami entusiasticamente apontou as várias conexões vaisnavas. Repetidamente, ele impressionou e iluminou os participantes da turnê. É realmente impressionante a quantidade de artefatos antigos relacionados à adoração de Hari. Valendo-se do archote do conhecimento, Bhakti Ananda Gosvami claramente relevou a natureza Vaisnava da religião de Akhenaton. Durante a turnê, muitas pessoas desassociadas de nosso grupo sentiram-se intrigadas e fizeram perguntas inteligentes e sinceras, às quais Bhakti Ananda Gosvami respondeu.

O programa continuou naquela noite no templo Hare Krsna de Los Angeles, onde Bhakti Ananda apresentou uma detalhada palestra sobre vários exemplos das globais tradições Vaisnavas do mundo antigo. Usando uma abordagem científica chamada arqueologia linguística, alguns dos pontos apresentados por ele são os seguintes:

1. As formas originais da Suprema Personalidade de Deus adoradas na região mediterrânea eram Radha-Krsna e Balarama. O centro de tal cultura Vaisnava antiga era a ilha grega de Rhodes.

2. Judeus, egípcios e europeus, todos adoravam o Senhor Krsna em muitas formas, todas familiares ao Vaisnava dos dias modernos; formas como Matsya, Kurma, Narasimha e Kalki. Essa tradição se chamava Heliopolitana porque eles adoravam Helios (grego para Hari).

3. Centenas de nomes de deidades judáicas, egípcias e greco-romanas (nomes teofóricos) podem ser claramente identificadas como nomes de Krsna ou Visnu.

4. Emblemas religiosos oficiais, inclusive os brasões dos reinos judaicos de Israel e Judá eram indiscutivelmente símbolos Vaisnavas, e diretamente conectados com a religião de Akhenaton e as eternas tradições Vaisnavas da Índia.

5. Na antiga religião egípcia, a criação começa com a forma de NHRYN (Narayana) deitado sobre as águas primordiais. Um lótus cresce de Seu umbigo, e, sobre esse lótus, aparece Heliosphanes (Brahma), possuidor de quatro braços e quatro cabeças, que fala a criação.

6. O Vaisnavismo do antigo mediterrâneo pode ser propriamente entendido quando o comparamos às fontes escriturais Vaisnavas autênticas, especialmente o Bhagavad-gita e o Srimad-Bhagavatam, onde o conceito viratarupa (a Forma Universal) do Senhor Supremo é revelado. A auto-revelação de Krsna nos versos “Eu sou” do Bhagavad-gita, por exemplo, fazem paralelo direto com os grandes hinos do HR-Heri do Egito antigo. A religião egípcia antiga, portanto, considerava HR-Heri a origem de todos os deuses e deidades. Esta é a razão para eles usarem o nome HR-Heri ou Asu (Vasu) juntamente com as deidades consideradas como aspectos de Heri. Desta maneira, o deus da riqueza era chamado KPHR/Kepe-Heri, pois, no Bhagavad-gita, Krsna diz “Eu sou Kuvera” (10.23).

7. Sendo autênticos seguidores do Vaisnavismo, as antigas cidades heliopolitanas sempre tinham uma deidade presidente de Helios (Hari). Ele sempre era adorado com Sua Fortuna (A Deusa da Fortuna ou Sakti). Evidências mostram que a forma original de Helios (Hari) era adorada na ilha grega de Rhodes como Kouros (Krsna). A forma original da Fortuna era chamada Rhoda (Radha).

8. Mesmo acadêmicos modernos aceitam que Kouros era considerado a origem de todos os deuses gregos. Ele é descrito como um rapaz belo e jovem cuidando de Suas sagradas vacas brancas juntamente com Seu irmão mais velho e amigos. Ele toca flauta e conduz os meninos em danças enquanto tocam seus címbalos. Ele dança com Rhoda e Suas expansões em uma dança em círculo chamada, em decorrência dEle, de Dança Chorus. Como o Senhor da Dança, Ele é chamado Choreagos, de onde se deriva a palavra moderna “coreógrafo”. A pena de pavão era o símbolo preeminente tanto de Helios quanto de Kouros. Ao longo da região, Helios (Hari) era adorado como o Senhor do Coração e a Personalidade Suprema do Amor, daí Ele ser o Senhor de todas as entidades vivas, culturas e tradições.

Todas estas evidências grifam o fato de que todos nós temos nossa origem na tradição do serviço devocional puro a Sri Sri Radha, Krsna e Balarama. Bhakti Ananda Gosvami espera que sua pesquisa possa ser instrumental na reunião de todos os filhos de Deus e no despertar do mundo para a sua herança comum como o povo de Hari..

Tradução de Bhagavan dasa (DvS)

Por Sadaputa Prabhu:

Alguém talvez pergunte: Se temas Védicos aparecem em várias sociedades diferentes, como alguém pode concluir que eles derivam de uma civilização Védica? Talvez eles tenham sido criados em muitos lugares de modo independente, ou talvez eles descendam de uma cultura desconhecida que é também ancestral ao que chamamos de cultura Védica. Assim, paralelos entre as narrativas de Surt e Sankarsana podem ser coincidências, ou talvez a narrativa Védica derive de uma história similar àquela de Surt.

Nossa resposta a esta questão é que evidências empíricas disponíveis não serão suficientes para provar a hipótese de descendência de uma cultura Védica antiga visto que toda evidência empírica é imperfeita e sujeita a várias interpretações; mas podemos decidir se as evidências são consistentes ou não em validar esta hipótese.

Se houve uma civilização Védica mundial no passado, esperaríamos encontrar vestígios dela em várias culturas ao redor do mundo. Parece que de fato estamos encontrando tais vestígios, e muitos concordam com as narrativas Védicas em detalhes específicos, como a localização da morada de Surt ou a perda de uma perna por era universal por parte do búfalo sagrado.. Uma vez que esta civilização começou a perder sua influência milhares de anos atrás, no começo de Kali-yuga, esperaríamos que muitos de tais vestígios se encontrassem fragmentados e sobrepostos por muitas adições posteriores, e isso também vemos. Assim, as evidências disponíveis parecem consistentes com a hipótese de uma origem Védica.

 

http://bhakti-tattva.blogspot.com/search?q=mito+da+ra%C3%A7a+ariana

 

Death of the Aryan Invasion Theory

By Stephen Knapp

http://www.stephen-knapp.com/death_of_the_aryan_invasion_theory.htm

                                         

      With only a small amount of research, a person can discover that each area of the world has its own ancient culture that includes its own gods and legends about the origins of various cosmological realities, and that many of these are very similar. But where did all these stories and gods come from? Did they all spread around the world from one particular source, only to change according to differences in language and customs? If not, then why are some of these gods and goddesses of various areas of the world so alike?

      Unfortunately, information about prehistoric religion is usually gathered through whatever remnants of earlier cultures we can find, such as bones in tombs and caves, or ancient sculptures, writings, engravings, wall paintings, and other relics. From these we are left to speculate about the rituals, ceremonies, and beliefs of the people and the purposes of the items found. Often we can only paint a crude picture of how simple and backwards these ancient people were while not thinking that more advanced civilizations may have left us next to nothing in terms of physical remains. They may have built houses out of wood or materials other than stone that have since faded with the seasons, or were simply replaced with other buildings over the years, rather than buried by the sands of time for archeologists to unearth. They also may have cremated their dead, as some societies did, leaving no bones to discover. Thus, without ancient museums or historical records from the past, there would be no way of really knowing what the prehistoric cultures were like.

      If a few thousand years in the future people could uncover our own houses after being buried for so long and find television antennas on top of each house wired to a television inside, who knows what they would think. Without a recorded history of our times they might speculate that the antennas, being pointed toward the heavens, were used for us to commune with our gods who would appear, by mystic power, on the screen of the television box inside our homes. They might also think that we were very much devoted to our gods since some houses might have two, three, or more televisions, making it possible for us to never be without contact with our gods through the day. And since the television was usually found in a prominent area, with special couches and reclining chairs, this must surely be the prayer room where we would get the proper inspiration for living life. Or they might even think that the television was itself the god, the idol of our times. This, of course, would not be a very accurate picture, but it reflects the difficulty we have in understanding ancient religion by means of analyzing the remnants we find. However, when we begin comparing all the religions of the world, we can see how they are all interrelated and have a source from which most of them seem to have originated. And most of them can be traced to the East.

      Most scholars agree that the earliest of religions seems to have arisen from the most ancient of organized cultures, which are either the Sumerians along the Euphrates, or the Aryans located in the region of the Indus Valley. In fact, these two cultures were related. C. L. Woolley, one of the world’s foremost archeologists, establishes in his book, The Sumerians, that the facial characteristics of the Sumerian people can be traced to Afghanistan, Baluchistan, and on to the Indus region. The early Indus civilization, which was remarkably developed, has many similarities with Sumer over 1500 miles away, especially in regard to the rectangular seals that have identical subjects on them, and are similar in the style of engraving and inscriptions. There are also similarities in the methods used in the ground plans and construction of buildings. Woolley suggests that, rather than concluding too quickly that the Sumerians and Indus civilization shared the same race or political culture, which may actually have been the case, or that such similarities were merely from trade connections, the evidence at least indicates that the two societies shared a common source.

      The researcher and scholar L. A. Waddell offers more evidence to show the relation between the Aryans and the Sumerians. He states in his book, The Indo Sumerian Seals Deciphered, that the discovery and translation of the Sumerian seals along the Indus Valley give evidence that the Aryan society existed there from as long ago as 3100 B.C. Several Sumerian seals found along the Indus bore the names of famous Vedic Aryan seers and princes familiar in the Vedic hymns. Therefore, these Aryan personalities were not merely part of an elaborate myth, like some people seem to proclaim, but actually lived five thousand years ago as related in the Vedic epics and Puranas.

      Waddell also says that the language and religion of the Indo-Aryans were radically similar to that of the Sumerians and Phoenicians, and that the early Aryan kings of the Indian Vedas are identical with well-known historical kings of the Sumerians. He believes that the decipherment of these seals from the Indus Valley confirms that the Sumerians were actually the early Aryans and authors of Indian civilization. He concludes that the Sumerians were Aryans in physique, culture, religion, language, and writing. He also feels that the early Sumerians on the Persian Gulf near 3100 B.C. were Phoenicians who were Aryans in race and speech, and were the introducers of Aryan civilization in ancient India. Thus, he concludes that it was the Aryans who were the bearers of high civilization and who spread throughout the Mediterranean, Northwest Europe, and Britain, as well as India. However, he states that the early Aryan Sumero-Phoenicians did not become a part of the Aryan Invasion of India until the seventh century B.C. after their defeat by the Assyrian Sargon II in 718 B.C. at Carchemish in Upper Mesopotamia. Though the Sumerians indeed may have been Aryan people, some researchers feel that rather than being the originators of Vedic Aryan culture, or part of an invasion into India, they were an extension of the Vedic culture that originated in India and spread through Persia and into Europe.                    

 

THEORIES ON THE ARYAN ORIGINS

      This brings us to the different theories that scholars have about the origins of the Aryan society. Though it seems evident that an Aryan society was in existence in the Indus Valley by 3100 B.C., not everyone agrees with the dates that Waddell has presented for the Aryan Invasion into India, and whether the Aryans were actually invaders is doubtful. Obviously, different views on the Aryanization of India are held by different historians. Some scholars say that it was about 1000 B.C. when Aryans entered Iran from the north and then occupied the Indus region by 800 B.C. In this scenario, the Aryans had to have entered India sometime after this. But others say that it was between 1500 and 1200 B.C. that the Aryans entered India and composed hymns that make up the Rig-veda. So some people calculate that the Rig-veda must have been composed around 1400 B.C.

      Mr. Pargiter, another noted scholar, contends that Aryan influence in India was felt long before the composition of the Vedic hymns. He states that the Aryans entered India near 2000 B.C. over the Central Himalayas and later spread into the Punjab. Brunnhofer and others argue that the composition of the Rig-veda took place not in the Punjab, but in Afghanistan or Iran. This theory assumes that Aryan entrance into India was much later.

      Even Max Muller, the great orientalist and translator of Eastern texts, was also a great proponent of speculating on the dates of the compilations of the Vedas. He admitted that his ideas on the dates of the Vedas could not be dependable. He had originally estimated that the Rig-veda had been written around 1000 B.C. However, he was greatly criticized for that date, and he later wrote in his book, Physical Religion (p.91, 1891), “Whether the Vedic hymns were composed 1000, 1500 or 2000 BCE, no power on earth will ever determine.”

      So, as we can see from the above examples, which are just a few of the many ideas on the Aryan origins, analyzing these theories can get rather confusing. In fact, so many theories on the location of the original Aryans or Indo-Europeans have been presented by archeologists and researchers that for a time they felt the location could change from minute to minute, depending on the latest evidence that was presented. In many cases over the years, archeologists presumed they had located the home of the Sumerians or Aryans any time they found certain types of metal tools or painted pottery that resembled what had been found at the Sumerian or Indus Valley sites. Though such findings may have been of some significance, further study proved that they were of considerably less importance than had been originally thought, and, thus, the quest for locating the original Aryan home could not be concluded.



 

WAS THERE EVER AN ARYAN INVASION?


 

      One of the major reasons why a consideration of the idea of an Aryan invasion into India is prevalent among some Western researchers is because of their misinterpretation of the Vedas, deliberate or otherwise, that suggests the Aryans were a nomadic people. One such misinterpretation is from the Rig-veda, which describes the battle between Sudas and the ten kings. The battle of the ten kings included the Pakthas, Bhalanas, Alinas, Shivas, Vishanins, Shimyus, Bhrigus, Druhyas, Prithus, and Parshus, who fought against the Tritsus. The Prithus or Parthavas became the Parthians of latter-day Iran (247 B.C.–224 A.D.). The Parshus or Pashavas became the latter-day Persians. These kings, though some are described as Aryans, were actually fallen Aryans, or rebellious and materialistic kings who had given up the spiritual path and were conquered by Sudas. Occasionally, there was a degeneration of the spiritual kingdom in areas of India, and wars had to be fought in order to reestablish the spiritual Aryan culture in these areas. Western scholars could and did easily misinterpret this to mean an invasion of nomadic people called Aryans rather than simply a war in which the superior Aryan kings reestablished the spiritual values and the Vedic Aryan way of life.

      Let us also remember that the Aryan invasion theory was hypothesized in the nineteenth century to explain the similarities found in Sanskrit and the languages of Europe. One person who reported about this is Deen Chandora in his article, Distorted Historical Events and Discredited Hindu Chronology, as it appeared in Revisiting Indus-Sarasvati Age and Ancient India (p. 383). He explains that the idea of the Aryan invasion was certainly not a matter of misguided research, but was a conspiracy to distribute deliberate misinformation that was formulated on April 10, 1866 in London at a secret meeting held in the Royal Asiatic Society. This was “to induct the theory of the Aryan invasion of India, so that no Indian may say that English are foreigners. . . India was ruled all along by outsiders and so the country must remain a slave under the benign Christian rule.” This was a political move and this theory was put to solid use in all schools and colleges.

      So it was basically a linguistic theory adopted by the British colonial authorities to keep themselves in power. This theory suggested, more or less, that there was a race of superior, white Aryans who came in from the Caucasus Mountains and invaded the Indus region, and then established their culture, compiled their literature, and then proceeded to invade the rest of India.

      As can be expected, most of those who were great proponents of the Aryan invasion theory were often ardent English and German nationalists, or Christians, ready and willing to bring about the desecration of anything that was non-Christian or non-European. Even Max Muller believed in the Christian chronology, that the world was created at 9:00 AM on October 23, 4004 B.C. and the great flood occurred in 2500 B.C. Thus, it was impossible to give a date for the Aryan invasion earlier than 1500 B.C. After all, accepting the Christian time frame would force them to eliminate all other evidence and possibilities, so what else could they do? So, even this date for the Aryan invasion was based on speculation.

      In this way, the Aryan invasion theory was created to make it appear that Indian culture and philosophy was dependent on the previous developments in Europe, thereby justifying the need for colonial rule and Christian expansion in India. This was also the purpose of the study of Sanskrit, such as at Oxford University in England, as indicated by Colonel Boden who sponsored the program. He stated that they should “promote Sanskrit learning among the English, so as ‘to enable his countrymen to proceed in the conversion of the natives of India to the Christian religion.’”

      Unfortunately, this was also Max Muller’s ultimate goal. In a letter to his wife in 1866, he wrote about his translation of the Rig-veda: “This edition of mine and the translation of the Veda, will hereafter tell to a great extent on the fate of India and on the growth of millions of souls in that country. It is the root of their religion and to show them what the root is, I feel sure, is the only way of uprooting all that has sprung from it during the last three thousand years.” (The Life and Letters of Right Honorable Friedrich Max Muller, Vol. I. p.346)

      So, in essence, the British used the theory of the Aryan invasion to further their “divide and conquer” policy. With civil unrest and regional cultural tensions created by the British through designations and divisions among the Indian society, it gave a reason and purpose for the British to continue and increase their control over India.                                   

      However, under scrutiny, the Aryan invasion theory lacks justification. For example, Sir John Marshall, one of the chief excavators at Mohenjo-Daro, offers evidence that India may have been following the Vedic religion long before any so-called “invaders” ever arrived. He points out that it is known that India possessed a highly advanced and organized urban civilization dating back to at least 2300 B.C., if not much earlier. In fact, some researchers suggest that evidence makes it clear that the Indus Valley civilization was quite developed by at least 3100 B.C. The known cities of this civilization cover an area along the Indus river and extend from the coast to Rajasthan and the Punjab over to the Yamuna and Upper Ganges. At its height, the Indus culture spread over 300,000 square miles, an area larger than Western Europe. Cities that were a part of the Indus culture include Mohenjo-Daro, Kot Diji east of Mohenjo-Daro, Amri on the lower Indus, Lothal south of Ahmedabad, Malwan farther south, Harappa 350 miles upstream from Mohenjo-Daro, Kalibangan and Alamgirpur farther east, Rupar near the Himalayas, Sutkagen Dor to the west along the coast, Mehrgarh 150 miles north of Mohenjo-Daro, and Mundigak much farther north. Evidence at Mehrgarh shows a civilization that dates back to 6500 B.C. It had been connected with the Indus culture but was deserted in the third millennium B.C. around the time the city of Mohenjo-Daro became prominent.

      The arrangement of these cities and the knowledge of the residents was much superior to that of any immigrating nomads, except for military abilities at the time. A lack of weapons, except for thin spears, at these cities indicates they were not very well equipped militarily. Thus, one theory is that if there were invaders, whoever they may have been, rather than encouraging the advancement of Vedic society when they came into the Indus Valley region, they may have helped stifle it or even caused its demise in certain areas. The Indus Valley locations may have been one area where the Vedic society disappeared after the arrival of these invaders. Many of these cities seemed to have been abandoned quickly, while others were not. However, some geologists suggest that the cities were left because of environmental changes. Evidence of floods in the plains is seen in the thick layers of silt which are now thirty-nine feet above the river in the upper strata of Mohenjo-Daro. Others say that the ecological needs of the community forced the people to move on, since research shows there was a great reduction in rainfall from that period to the present.

      We also have to remember that many of the Indus sites, like Kalibangan, were close to the region of the old Sarasvati River. Some Hindu scholars are actually preferring to rename the Indus Valley culture as the Indus-Sarasvati culture because the Sarasvati was a prominent river and very important at the time. For example, the Sarasvati River is glowingly praised in the Rig-veda. However, the Sarasvati River stopped flowing and later dried up. Recent scientific studies calculate that the river stopped flowing as early as around 8000 B.C. It dried up near the end of the Indus Valley civilization, at least by 1900 B.C. This was no doubt one reason why these cities were abandoned. This also means that if the Vedic people came after the Indus Valley culture, they could not have known of the Sarasvati River. This is further evidence that the Vedas were from many years before the time of the Indus Valley society and were not brought into the region by some invasion.

      As a result of the latest studies, evidence points in the direction that the Indus sites were wiped out not by acts of war or an invasion, but by the drought that is known to have taken place and continued for 300 years. Whatever skeletons that have been found in the region may indicate deaths not by war but by starvation or lack of water. Deaths of the weak by starvation are normal before the whole society finally moves away for better lands and more abundant resources. This is the same drought that wiped out the Akkadians of Sumeria, and caused a sudden abandonment of cities in Mesopotamia, such as at Tell Leilan and Tell Brock. The beginning of the end of these civilizations had to have been near 2500 B.C. This drought no doubt contributed to the final drying up of the Sarasvati River.

      Regarding Mohenjo-Daro, archeologists have discovered no sign of attack, such as extensive burning, or remains of armor-clad warriors, and no foreign weapons. This leaves us to believe that the enemy of the people in this region was nature, such as earthquakes, flooding, or the severe drought, or even a change in the course of rivers, and not warrior invaders. So again, the invasion theory does not stand up to scrutiny from the anthropological point of view.

      The best known archeological sites of the Indus cities are Mohenjo-Daro and Harappa. Excavation work at Mohenjo-Daro was done from 1922 to 1931 and 1935 to 1936. Excavation at Harappa took place from 1920 to 1921 and 1933 to 1934. Evidence has shown that temples played an important part in the life of the residents of these cities. The citadel at Mohenjo-Daro contains a 39-by-23 foot bath. This seems to have been used for ceremonial purposes similar in the manner that many large temple complexes in India also have central pools for bathing and rituals. Though deities have not been found in the ruins, no doubt because they were too important to abandon, images of a Mother goddess and a Male god similar to Lord Shiva sitting in a yoga posture have been found. Some of the Shiva seals show a man with three heads and an erect phallus, sitting in meditation and surrounded by animals. This would be Shiva as Pashupati, lord or friend of the animals. Representations of the lingam of Shiva and yoni of his spouse have also been easily located, as well as non-phallic stones such as the shalagram-shila stone of Lord Vishnu. Thus, the religions of Shiva and Vishnu, which are directly Vedic, had been very much a part of this society long ago and were not brought to the area by any invaders who may have arrived later.

      Another point that helps convince that the Vedic religion and culture had to have been there in India and pre-Harappan times is the sacrificial altars that have been discovered at the Harappan sites. These are all of similar design and found from Baluchistan to Uttar Pradesh, and down into Gujarat. This shows that the whole of this area must have been a part of one specific culture, the Vedic culture, which had to have been there before these sites were abandoned.

      More information in this regard is found in an article by J. F. Jarrige and R. H. Meadow in the August, 1980 issue of Scientific American called “The Antecedents of Civilization in the Indus Valley.” In the article they mention that recent excavations at Mehrgarh show that the antecedents of the Indus Valley culture go back earlier than 6000 B.C. in India. An outside influence did not affect its development. Astronomical references established in the Vedas do indeed concur with the date of Mehrgarh. Therefore, sites such as Mehrgarh reflect the earlier Vedic age of India. Thus, we have a theory of an Aryan invasion which is not remembered by the people of the area that were supposed to have been conquered by the Aryans.

      Furthermore, Dr. S. R. Rao has deciphered the Harappan script to be of an Indo-Aryan base. In fact, he has shown how the South Arabic, Old Aramic, and the ancient Indian Brahmi scripts are all derivatives of the Indus Valley script. This new evidence confirms that the Harappan civilization could not have been Dravidians that were overwhelmed by an Aryan invasion, but they were followers of the Vedic religion. The irony is that the invasion theory suggests that the Vedic Aryans destroyed the Dravidian Indus townships which had to have been previously built according to the mathematical instructions that are found in the Vedic literature of the Aryans, such as the Shulbasutras. This point helps void the invasion theory. After all, if the people of these cities used the Vedic styles of religious altars and town planning, it would mean they were already Aryans.

      In a similar line of thought in another recent book, Vedic Glossary on Indus Seals, Dr. Natwar Jha has provided an interpretation of the ancient script of the numerous recovered seals of the Indus Valley civilization. He has concluded that the Indus Valley seals, which are small soapstone, one-inch squares, exhibit a relation to the ancient form of Brahmi. He found words on the seals that come from the ancient Nighantu text, which is a glossary of Sanskrit compiled by the sage Yaksa that deals with words of subordinate Vedic texts. An account of Yaksa’s search for older Sanskrit words is found in the Shanti Parva of the Mahabharata. This may have been in relation to the Indus Valley seals and certainly shows its ancient Vedic connection.

      The point of all this is that the entire Rig-veda had to have been existing for thousands of years by the time the Indus Valley seals were produced. Therefore, the seals were of Vedic Sanskrit origin or a derivative of it, and the Indus Valley sites were part of the Vedic culture. This is further evidence that there was no Aryan invasion. No Aryan invasion means that the area and its residents were already a part of the Vedic empire. This also means that the so-called Indo-Aryan or Indo-European civilization was nothing but the worldwide Vedic culture. From this we can also conclude, therefore, that the so-called Indo-Aryan group of languages is nothing but the various local mispronunciations of Sanskrit which has pervaded the civilized world for thousands of years.

      Another interesting point is that skeletal remains found in the Harappan sites that date back to 4000 years ago show the same basic racial types in the Punjab and Gujarat as found today. This verifies that no outside race invaded and took over the area. The only west to east movement that took place was after the Sarasvati went dry, and that was involving the people who were already there. In this regard, Sir John Marshall, in charge of the excavations at the Harappan sites, said that the Indus civilization was the oldest to be unearthed, even older than the Sumerian culture, which is believed to be but a branch of the former, and, thus, an outgrowth of the Vedic society.

      One more point about skeletal remains at the Harappan sites is that bones of horses are found at all levels of these locations. Thus, the horse was well known to these people. The horse was mentioned in the Rig-veda, and was one of the main animals of Vedic culture in India. However, according to records in Mesopotamia, the horse was unknown to that region until only about 2100 B.C. So this provides further proof that the direction of movement by the people was from India to the west, not the other way around as the invasion theory suggests.

      Professor Lal has written a book, The Earliest Civilization of South Asia, in which he also has concluded that the theory of an Aryan invasion has no basis. An invasion is not the reason for the destruction of the Harappan civilization. It was caused by climactic changes. He says the Harappan society was a melting pot made up of people from the Mediterranean, Armenia, the Alpine area, and even China. They engaged in typical Vedic fire worship, ashwamedha rituals. Such fire altars have been found in the Indus Valley cities of Banawali, Lothal, and Kalibangan.

      He also explains that the city of Kalibangan came to ruin when the Saraswati River dried up, caused by severe climactic changes around 1900 B.C. Thus, the mention of the Sarasvati River also helps date the Vedas, which had to have existed before this. This would put the origin of Sanskrit writing and the earliest portions of Vedic literature at least sometime before 4000 B.C., 6000 years ago.

      In conclusion, V. Gordon Childe states in his book, The Aryans, that though the idea of an Asiatic origin of the Aryans, who then migrated into India, is the most widely accepted idea, it is still the least well documented. And this idea is only one of the unfounded generalizations with which for over seventy years anthropology and archeology have been in conflict. In fact, today the northern Asiatic origin of the Aryans is a hypothesis which has been abandoned by most linguists and archeologists.



 

THE INDUS VALLEY CIVILIZATION

WAS A PART OF THE ADVANCED VEDIC CULTURE


 

      Besides what we have already discussed, more light is shed on the advanced civilization of the Indus Valley and how it influenced areas beyond its region when we consider the subject of Vedic mathematics. E. J. H. Mackay explains in his book, Further Excavations at Mohenjo-Daro, that the whole basis of Vedic mathematics is geometry, and geometrical instruments have been found in the Indus Valley which date back to at least 2800 B.C. The Vedic form of mathematics was much more advanced than that found in early Greek and Egyptian societies. This can be seen in the Shulbasutras, supplements of the Kalpasutras, which also show the earliest forms of algebra which were used by the Vedic priests in their geometry for the construction of altars and arenas for religious purposes. In fact, the geometrical formula known as the Pythagorean theorem can be traced to the Baudhayans, the earliest forms of the Shulbasutras dated prior to the eighth century B.C.

      The Shulbasutras are the earliest forms of mathematical knowledge, and certainly the earliest for any religious purpose. They basically appear as a supplement to the ritual (Shrauta) aspect of the Kalpasutras. They essentially contain the mathematical formulas for the design of various altars for the Vedic rituals of worship, which are evident in the Indus Valley sites.

      The date of the Shulbasutras, after comparing the Baudhayana, Apastamba and Katyayana Shulbas with the early mathematics of ancient Egypt and Babylonia, as described by N. S. Rajaram in Vedic Aryans and The Origins of Civilization (p.139), is near 2000 B.C. However, after including astronomical data from the Ashvalayana Grihyasutra, Shatapantha Brahmana, etc., the date can be brought farther back to near 3000 B.C., near the time of the Mahabharata War and the compilation of the other Vedic texts by Srila Vyasadeva.

      With this view in mind, Vedic mathematics can no longer be considered as a derivative from ancient Babylon, which dates to 1700 B.C., but must be the source of it as well as the Greek or Pythagorean mathematics. Therefore, the advanced nature of the geometry found in the Shulbasutras indicates that it provided the knowledge that had to have been known during the construction of the Indus sites, such as Harappa and Mohenjo-Daro, as well as that used in ancient Greece and Babylon.

      It is Vedic mathematics that originated the decimal system of tens, hundreds, thousands, and so on, and in which the remainder of one column of numbers is carried over to the next column. The Indian number system was used in Arabia after 700 A.D. and was called Al-Arqan-Al-Hindu. This spread into Europe and became known as the Arabic numerals. This, of course, has developed into the number system we use today, which is significantly easier than the Egyptian, Roman, or Chinese symbols for numbers that made mathematics much more difficult. It was the Indians who devised the methods of dividing fractions and the use of equations and letters to signify unknown factors. They also made discoveries in calculus and other systems of math several hundred years before these same principles were understood in Europe. Thus, it becomes obvious that if the Europeans had not changed from the Roman numeral system to the form of mathematics that originated in India, many of the developments that took place in Europe would not have been possible. In this way, all evidence indicates that it was not any northern invaders into India who brought or originated this advanced form of mathematics, but it was from the Vedic Aryan civilization that had already been existing in India and the Indus Valley region. Thus, we can see that such intellectual influence did not descend from the north into India, but rather traveled from India up into Europe.

      Additional evidence that it was not any invaders who originated the highly advanced Vedic culture in the Indus Valley is the fact that various seals that Waddell calls Sumerian and dates back to 2800 B.C. have been found bearing the image of the water buffalo or Brahma bull. Modern zoologists believe that the water buffalo was known only to the Ganges and Brahmaputra valleys and did not exist in Western India or the Indus Valley. This would suggest a few possibilities. One is that the Sumerians had traveled to Central and Eastern India for reasons of trade and for finding precious stones since Harappa was a trading center connected by way of the Indus river with the gold and turquoise industry of Tibet. Thus, they learned about the water buffalo and used images of them on their seals. The second and most likely possibility is that the Aryan civilization at the time extended from Eastern India to the Indus region and farther west to Mesopotamia and beyond, and included the Sumerians as a branch. So, trade and its Vedic connections with India naturally brought the image of the water buffalo to the Indus Valley region and beyond.

      Further evidence showing the Vedic influence on the region of Mohenjo-Daro is a tablet dating back to 2600 B.C. It depicts an image of Lord Krishna as a child. This positively shows that the Indus Valley culture was connected with the ancient Vedic system, which was prevalent along the banks of the Rivers Sarasvati and Sindhu thousands of years ago.



 

THE VEDIC LITERATURE SUPPLIES NO EVIDENCE

OF AN ARYAN INVASION


 

      As we can see from the above information, the presence of the Vedic Aryans in the Indus region is undeniable, but the evidence indicates they had been there long before any invaders or immigrating nomads ever arrived, and, thus, the Vedic texts must have been in existence there for quite some time as well. In fact, the Vedic literature establishes that they were written many years before the above mentioned date of 1400 B.C. The age of Kali is said to have begun in 3102 B.C. with the disappearance of Lord Krishna, which is the time when Srila Vyasadeva is said to have begun composing the Vedic knowledge into written form. Thus, the Rig-veda could not have been written or brought into the area by the so-called “invaders” because they are not supposed to have come through the area until 1600 years later.

      One of the problems with dating the Vedic literature has been the use of linguistic analysis, which has not been dependable. It can be safe to say, as pointed out by K. C. Verma in his Mahabharata: Myth and Reality–Differing Views (p.99), “All attempts to date the Vedic literature on linguistic grounds have failed miserably for the simple reason that (a) the conclusions of comparative philology are often speculative and (b) no one has yet succeeded in showing how much change should take place in a language in a given period. The only safe method is astronomical.”

      With this suggestion, instead of using the error prone method of linguistics, we can look at the conclusion a few others have drawn by using astronomical records for dating the Vedas. With the use of astronomical calculations, some scholars date the earliest hymns of the Rig-veda to before 4500 B.C. Others, such as Lokmanya Tilak and Hermann Jacobi, agree that the major portion of the hymns of the Rig-veda were composed from 4500 to 3500 B.C., when the vernal equinox was in the Orion constellation. These calculations had to have been actual sightings, according to K. C. Verma, who states, “it has been proved beyond doubt that before the discoveries of Newton, Liebnitz, La Place, La Grange, etc., back calculations could not have been made; they are based on observational astronomy.” (Mahabharata: Myth and Reality–Differing Views, p.124)

      In his book called The Celestial Key to the Vedas: Discovering the Origins of the World’s Oldest Civilization, B. G. Sidharth provides astronomical evidence that the earliest portions of the Rig-veda can be dated to 10,000 B.C. He is the director of the B. M. Birla Science Center and has 30 years of experience in astronomy and science. He also confirms that India had a thriving civilization capable of sophisticated astronomy long before Greece, Egypt, or any other culture in the world.

      In his commentary on Srimad-Bhagavatam (1.7.8), A. C. Bhaktivedanta Swami, one of the most distinguished Vedic scholars of modern times, also discusses the estimated date of when the Vedic literature was written based on astronomical evidence. He writes that there is some diversity amongst mundane scholars as to the date when Srimad-Bhagavatam was compiled, the latest of Vedic scriptures. But from the text it is certain that it was compiled after Lord Krishna disappeared from the planet and before the disappearance of King Pariksit. We are presently in the five thousandth year of the age of Kali according to astronomical calculation and evidence in the revealed scriptures. Therefore, he concludes, Srimad-Bhagavatam had to have been compiled at least five thousand years ago. The Mahabharata was compiled before Srimad-Bhagavatam, and the major Puranas were compiled before Mahabharata.

      Furthermore, we know that the Upanishads and the four primary Vedas, including the Rig-veda, were compiled years before Mahabharata. This would indicate that the Vedic literature was already existing before any so-called invasion, which is said to have happened around 1400 B.C. In fact, this indicates that the real Aryans were the Vedic kings and sages who were already prevalent in this region, and not any uncertain tribe of nomadic people that some historians inappropriately call “invading Aryans” who came into India and then wrote their Vedic texts after their arrival. So this confirms the Vedic version.

       Another point of consideration is the Sarasvati River. Some people feel that the Sarasvati is simply a mythical river, but through research and the use of aerial photography they have rediscovered parts of what once was its river bed. As the Vedas describe, and as research has shown, it had once been a very prominent river. Many hundreds of years ago it flowed from the Himalayan mountains southwest to the Arabian Sea at the Rann of Kutch, which is north of Mumbai (Bombay) in the area of Dwaraka. However, it is known to have changed course several times, flowing in a more westerly direction, and dried up near 1900 B.C.

      Since the Rig-veda (7.95.1) describes the course of the river from the mountains to the sea, as well as (10.75.5) locates the river between the Yamuna and the Shutudri (Sutlej), it becomes obvious that the Vedic Aryans had to have been in India before this river dried up, or long before 2000 B.C. The Atharva-veda (6.30.1) also mentions growing barley along the Sarasvati. And the Vajasaneya Samhita of the Yajur-veda (Shuklayajur-veda 34.11) relates that five rivers flow into the Sarasvati, after which she becomes a vast river. This is confirmed by satellite photography, archeology, and hydrological surveys that the Sarasvati was a huge river, up to five miles wide. Not only does this verify the antiquity of the Aryan civilization in India, but also of the Vedic literature, which had to have been in existence many hundreds of years before 1900 B.C. So this helps confirm the above date of 3102 B.C. when the Vedic texts were compiled.

      Furthermore, the ancient Rig-veda (10.75.5; 6.45.31; 3.59.6) mentions the Ganges, sometimes called the Jahnavi, along with the Yamuna, Sarasvati, and Sindhu (Indus) rivers (Rig-veda, 10.75.1-9). So the rivers and settlements in the Ganges region did have significance in the Vedic literature, which shows that the Vedas were written in India and not brought into the Ganges area after they had been written at some other location.

      The Manu-samhita (2.21-22) also describes Madhyadesa, the central region of India, as being where the Aryans were located between the Himavat and Vindhya mountains, east of Prayaga and west of Vinasana where the Sarasvati River disappears. It also says the land that extends as far as the eastern and western oceans is called Aryavata (place of the Aryans) by the wise. This means that the center of Vedic civilization at the time was near the Sarasvati River.

      The point of this is that here is more evidence that the Vedic Aryans could not have invaded India or written the Rig-veda after 1800 B.C. and known about the Sarasvati River. In fact, for the river to have been as great as it is described in the Vedas and Puranas, the Aryans had to have been existing in the area for several thousand years, at least before the river began to dry up. And if the Aryans were not the first people in this area, then why are there no pre-Aryan names for these rivers? Or why has no one discovered the pre-Indus Valley language if it had been inhabited by a different people before the Aryans arrived? And why is there no record of any Aryan invasion in any of the Vedic literature?

      In this regard, Mr. K. D. Sethna points out on page 67 of his book, The Problem of Aryan Origins From an Indian Point of View, that even scholars who believe in an Aryan invasion of India around 1500 B.C. admit that the Rig-veda supplies no sign of an entry into the Indian subcontinent from anywhere. There is no mention of any such invasion. From our research and evidence, the Rig-veda can be dated to at least around 3000 B.C. or much earlier. Thus, for all practical purposes, there is little reason to discuss any other origination of the Vedic Aryans than the area of Northern India.

      This is corroborated in The Cultural Heritage of India (pp. 182-3) wherein it explains that Indian tradition knows nothing of any Aryan invasion from the northwest or outside of India. In fact, the Rig-veda (Book Ten, Chapter 75) lists the rivers in the order from the east to the northwest, in accordance with the expansion of the Aryan outflow from India to the northwest. This would concur with the history in the Puranas that India was the home of the Aryans, from where they expanded to outside countries in various directions, spreading the Vedic culture. The Manu-samhita (2.17-18) specifically points out that the region of the Vedic Aryans is between the Sarasvati and the Drishadvati Rivers, as similarly found in the Rig-veda (3.24.4).

      Any wars mentioned in the Vedic literature are those that have taken place between people of the same culture, or between the demigods and demons, or the forces of light and darkness. The idea that the term “Aryan” or “Arya” refers to those of a particular race is misleading. It is a term that means anyone of any race that is noble and of righteous and gentle conduct. To instill the idea of an Aryan invasion into the Vedic texts is merely an exercise of taking isolated verses out of context and changing the meaning of the terms. Even the oldest written Vedic book, the Rig-veda, contains no mention of a wandering tribe of people coming from some original holy land or any mountainous regions from outside India. In fact, it describes the Indian subcontinent in recognizable terms of rivers and climate. The Sarasvati River is often mentioned in the Rig-veda, which makes it clear that the region of the Sarasvati was a prime area of the Vedic people. Furthermore, it describes no wars with outsiders, no capturing of cities, and no incoming culture of any kind that would indicate an invasion from a foreign tribe. Only much later after the Vedic period do we have the invasion of India by the Muslims and the British, for which there is so much recorded evidence.

      The Vedic literature is massive, and no other culture has produced anything like it in regard to ancient history. Not the Egyptians, Sumerians, Babylonians, or Chinese. So if it was produced outside of India, how could there not be some reference to its land of origination? For that matter, how could these so-called primitive nomads who came invading the Indus region invent such a sophisticated language and produce such a distinguished record of their customs in spite of their migrations and numerous battles? This is hardly likely. Only a people who are well established and advanced in their knowledge and culture can do such a thing. In this way, we can see that the Vedic texts give every indication that the Vedic Aryans originated in India.

      Therefore, we are left with much evidence in literary records and archeological findings, as we shall see, that flies in the face of the Aryan invasion theory. It shows how the Vedic Aryans went from India to Iran, Mesopotamia, Anatolia, and on toward Europe in a westward direction rather than toward the east. The invasion theory is but a product of the imagination.



 

MORE EVIDENCE FOR THE ORIGINAL HOME

OF THE VEDIC ARYANS


 

      The Brahmin priests and Indian scholars believe that the Sarasvati and Ganges valley region are the origin of Indian civilization and the Aryan society. This can be given some credence when we look at the cities in this region. For example, North of Delhi is the town of Kuruksetra where the great battle of the Mahabharata took place when Sri Krishna was still on the planet over 5,000 years ago. There is also the old city of Hastinapura that was once situated along the Ganges until the river changed its course and swept the city away in 800 B.C. This is the old capital of the Kuru dynasty in the Mahabharata. Pottery remains have been found near this location that are traced back to at least 1200 B.C. In New Delhi we find the Purana Qila site, which is known to have been part of the ancient city of Indraprastha. An interesting quote can be found in the ancient Srimad-Bhagavatam (10.72.13) which can give us some idea of how prominent Indraprastha had been. It states that during the time when Sri Krishna was on this planet 5,000 years ago, King Yudhisthira sent his brothers, the Pandavas, to conquer the world in all directions. This was for bringing all countries to participate in the great Rajasuya ceremony that was being held in ancient Indraprastha. All countries were to pay a tax to help the performance of the ceremony, and to send representatives to participate. If they did not wish to cooperate, then they would have to engage in battle with the Pandavas. Thus, the whole world came under the jurisdiction of the Vedic Aryan administration.

      South of New Delhi are the holy towns of Vrindavan and Mathura along the Yamuna River. Both of these towns are known for being places of Krishna’s pastimes and Vedic legends that go back thousands of years, which are also described in the Vedic literature. Farther south, located on the Yamuna, is the ancient city of Kaushambi. This city still has the remains of massive defense structures from the tenth century B.C. that are very similar to buildings in Harrappa and the Indus region that use baked brick for construction. The Yajur-veda (Vajasaneyi Samhita 23.18) also mentions the town of Kampila, which is located about halfway between Hastinapur and Kaushambi. The next city is Allahabad (Prayag) where we find the confluence of the Yamuna and Ganges. This location abounds with importance and Vedic legends that are so remote in antiquity that no one can say when they originated. Then there is Varanasi along the Ganges that is another city filled with ancient Vedic legends of importance. A short distance north of Varanasi is Sarnath, where Buddha gave his first sermon after being enlightened. A four-hour train ride north of Varanasi is the town of Ayodhya, where Lord Ramachandra had His capital, as fully described in the ancient Ramayana. And, of course, there are the Himalayan mountains that have many Vedic stories connected with them. Furthermore, there are numerous other places that could be mentioned that are connected with the Vedic legends throughout the area. (Most of these have already been described in the Seeing Spiritual India sections in my previous books.)

      Though some archeologists claim they have discovered no evidence for the ancient existence of the Vedic Aryan culture in this Gangetic region, even a casual tour through this area, as mentioned above, makes it obvious that these towns and holy sites did not gain importance overnight, nor simply by an immigration of people who are said to have brought the Vedas with them. These places could not have become incorporated into the Vedic legends so quickly if the Vedic culture came from another location. Therefore, the argument that the early Vedic literature was brought from another region or describes a geographical location other than India cannot so easily be accepted. The fact is that the whole of India and up through the Indus region was the original home of the Vedic Aryan culture from which it spread its influence over much of the rest of the world.

                                     


 

THE VEDIC EXPLANATION OF THE ORIGINAL ARYANS

AND HOW THEIR INFLUENCE SPREAD

THROUGHOUT THE WORLD

                                           

      How the Aryan name was given to those who are said to have invaded the Indus region is regarded as uncertain, and, as I have shown, whether there really was any invasion is no longer a legitimate consideration. Nonetheless, the term aryan has been applied to those people who occupied the plains between the Caspian and Black Seas. The hypothesis is that they began to migrate around the beginning of the second millennium B.C. Some went north and northwest, some went westward settling in parts of the Middle East, while others traveled to India through the Indus Valley. Those that are said to have come into India were the “invading Aryans.”

      The Vedic literature establishes a different scenario. They present evidence that ancient, pre-historical India covered a much broader area, and that the real Aryans were not invaders from the north into the Indus region, but were the original residents who were descendants of Vedic society that had spread over the world from the area of India. Let us remember that the term aryan has been confused with meaning light or light complexion. However, Aryan refers to Arya, or a clear consciousness toward God, not white or white people. In the Vedic sutras, the word aryan is used to refer to those who are spiritually oriented and of noble character. The Sanskrit word aryan is linguistically related to the word harijana (pronounced hariyana), meaning one related to God, Hari. Therefore, the real meaning of the name aryan refers to those people related to the spiritual Vedic culture. It has little to do with those immigrants that some researchers have speculated to be the so-called “invading Aryans.” Aryan refers to those who practice the Vedic teachings and does not mean a particular race of people. Therefore, anyone can be an Aryan by following the clear, light, Vedic philosophy, while those who do not follow it are non-Aryan. Thus, the name Aryan, as is generally accepted today, has been misapplied to a group of people who are said to have migrated from the north into India.

      Some call these people Sumerians, but L. A. Waddell, even though he uses the name, explains that the name Sumerian does not exist as an ethnic title and was fabricated by the modern Assyriologists and used to label the Aryan people. And Dr. Hall, in his book Ancient History of the Near East, says that there is an anthropological resemblance between the Dravidians of India and the Sumerians of Mesopotamia, which suggests that the group of people called the Sumerians actually were of Indian descendants. With this information in mind, it is clear that the real Aryans were the Vedic followers who were already existing throughout India and to the north beyond the Indus region.

      To help understand how the Aryan influence spread through the world, L. A. Waddell explains that the Aryans established the pre-historic trade routes over land and sea from at least the beginning of the third millennium B.C., if not much earlier. Wherever the Aryans went, whether in Egypt, France, England, or elsewhere, they imposed their authority and culture, much to the betterment of the previous culture of the area. They brought together scattered tribes and clans into national unity that became increasingly bright in their systems of social organization, trade, and art. In seeking new sources of metal, such as tin, copper, gold, and lead, the Aryans established ports and colonies among the local tribes that later developed into separate nations which took many of their traditions and cultural traits from the ruling Aryans. Of course, as trade with the Aryans diminished, especially after the Mahabharata War in India, variations in the legends and cultures became prominent. This accounts for the many similarities between the different ancient civilizations of the world, as well as those resemblances that still exist today.

      Another consideration is that since the Aryans were centralized in the Gangetic plains and the Himalayan mountains, from there they could have spread east along the Brahmaputra River and over the plain of Tibet. The Chinese, in the form of the Cina tribe, also are likely to have originated here since they have the legend of the sacred mountain in the west with four rivers. The ancient Puranas explain that Manu and his sons ruled over the area, over as many lands north of Mount Meru and Kailas as south. Other Aryans could have easily gone down the Sarasvati and Sarayu into north India. Others went from the Indus into Kashmir and Afghanistan, and into Central Asia. Others went into the areas of Gujarat and Sind, and over through Persia and the Gulf region. This is how the Sumerian civilization was founded, along with Babylonia. From there they went farther into Turkey and Europe.

      After spreading throughout South India, they continued down the Ganges by sea east into Malaysia and Indonesia, founding the ancient Vedic cultures there. By sea they continued to China, meeting the Aryans that were probably already there. From China and the orient, they sailed over the Pacific Ocean and finally reached and colonized the Americas. Plenty of evidence of this is presented in the following chapters.

      We can see some of the affect of this spread out of India in regard to the term aryan. The name Harijana or Aryan evolved into Syriana or Syrians in Syria, and Hurrians in Hurri, and Arianna or Iranians in Iran. This shows that they were once part of Vedic society. A similar case is the name Parthians in Partha, another old country in Persia. Partha was the name of Krishna’s friend Arjuna, a Vedic Aryan, and means the son of King Prithu. So the name Parthian indicates those who are the descendants of King Prithu. Parthians also had a good relationship with the early Jews since the Jews used to buy grains from the Parthians. The Greeks referred to the Jews as Judeos, or Jah deos or Yadavas, meaning people of Ya or descendants of Yadu, one of the sons of Yayati. It is also regarded that the basis of the Kabbalah, the book of Jewish mystical concepts, as described in The Holy Kabbalah by Arthur Edward Waite, is linked with Kapila Muni, the Indian sage and incarnation of Krishna who established the analytical sankhya-yoga philosophy. Therefore, a connection between the early Jews and ancient Vedic culture is evident.

      Another aspect of the connection between these various regions and the Vedic culture is explained in the Vedic literature. In the Rig-veda (10.63.1) Manu is the foremost of kings and seers. Manu and his family were survivors of the world flood, as mentioned in the Shatapatha Brahmana (1.8.1). Thus, a new beginning for the human race came from him, and all of humanity are descendants from Manu. The Atharva-veda (19.39.8) mentions where his ship descended in the Himalayas. One temple that signifies the location of where the ship of Manu first touched land after the flood is in Northern India in the hills of Manali. His important descendants are the Pauravas, Ayu, Nahusha, and Yayati. From Yayati came the five Vedic clans; the Purus, Anus, Druhyus, Turvashas, and Yadus. The Turvashas are related to India’s southeast, Bengal, Bihar, and Orissa, and are the ancestors of the Dravidians and the Yavanas. Yadu is related to the south or southwest, Gujarat and Rajasthan, from Mathura to Dwaraka and Somnath. The Anus are related to the north, to Punjab, as well as Bengal and Bihar. The Druhyus are related to the west and northwest, such as Gandhara and Afghanistan. Puru is connected with the central Yamuna/Ganges region. All but Puru were known for having intermittently fallen from the Vedic dharma, and various wars in the Puranas were with these groups.

      As explained by Shrikant Talageri in his book, The Aryan Invasion Theory: A Reappraisal (pp. 304-5, 315, 367-368), from these descendants, the Purus were the Rigvedic people and developed Vedic culture in north central India and the Punjab along the Sarasvati (Rig-veda 7.96.2). The Anus of southern Kashmir along the Parushni or modern Ravi River (Rig-veda 7.18.13) spread over western Asia and developed the various Iranian cultures. The Druhyus northwest of the area of the Punjab and Kashmir spread into Europe and became the western Indo-Europeans, or the Druids and ancient Celts. A first group went northwest and developed the proto-Germanic dialect, and another group traveled farther south and developed the proto-Hellenic and Itallic-Celtic dialects. Other tribes included the Pramshus in western Bihar, and Ikshvakus of northern Uttar Pradesh.

      Incidentally, according to legend, thousands of years ago Kashmir was a large lake surrounded by beautiful mountain peaks. It was here where the goddess Parvati stayed in her boat. One day she went to see Lord Shiva in the mountains. Then a great demon took possession of the lake. Kashyapa Muni, who was present at the time, called for the goddess to return. Together they chased the demon away and created an immense valley. It was called Kashyapa-Mira, and later shortened to Kashmir. This again shows the Vedic connection of this region.

      Other tribes mentioned in the Vedic texts include the Kiratas, who are the mountain people of Tibet and Nepal, often considered impure for not practicing the Vedic dharma. The Vishnu Purana (4.3.18-21) also mentions the Shakas who are the Scythians of ancient Central Asia, the Pahlavas who are the Persians, and the Cinas who are the Chinese. They are all considered as fallen nobility or Kshatriyas who had been driven out of India during the reign of King Sagara.

      To explain further, Yadu was the eldest of the five sons of Yayati. Yayati was a great emperor of the world and one of the original forefathers of those of Aryan and Indo-European heritage. Yayati divided his kingdom amongst his sons, who then started their own dynasties. Yayati had two wives, Devayani and Sharmistha. Yayati had two sons from Devayani: Yadu and Turvasu. Yadu was the originator of the Yadu dynasty called the Yadavas, later known as the Lunar Dynasty. From Turvasu came the Yavana or Turk dynasty. From Sharmistha, Yayati had three sons: Druhya, who started the Bhoja dynasty; Anu, who began the Mleccha or Greek dynasty; and Puru who started the Paurava dynasty, which is said to have settled along the Ravi River and later along the Sarasvati. Some say that this clan later went on to Egypt who became the Pharaohs and rulers of the area. These Aryan tribes, originating in India by King Yayati and mentioned in the Rig-veda and Vishnu and Bhagavat Puranas, spread all over the world.

      The Yadava kingdom later became divided among the four sons of Bhima Satvata. From Vrishni, the youngest, descended Vasudeva, the father of Krishna and Balarama and their sister Pritha or Kunti. Kunti married the Yadava prince Pandu, whose descendants became the Pandavas. Kunti became the mother of Yudhisthira, Bhima, and Arjuna (Partha), the three elder Pandavas. The younger Pandavas were Nakula and Sahadeva, born from Pandu’s second wife Madri. After moving to the west coast of India, they lived at Dwaraka under the protection of Lord Krishna. Near the time of Krishna’s disappearance from earth, a fratricidal war broke out and most of the Pandavas were killed, who had grown to become a huge clan. Those that survived may have gone on to the Indus Valley where they joined or started another part of the advanced Vedic society. Others may have continued farther west into Egypt and some on to Europe, as previously explained.

      This is further substantiated in the Mahabharata which mentions several provinces of southern Europe and Persia that were once connected with the Vedic culture. The Adi-parva (174.38) of the Mahabharata describes the province of Pulinda (Greece) as having been conquered by Bhimasena and Sahadeva, two of the Pandava brothers. Thus, the ancient Greeks were once a part of Bharata-varsa (India) and the Vedic civilization. But later the people gave up their affiliation with Vedic society and were, therefore, classified as Mlecchas. However, in the Vana-parva section of the Mahabharata it is predicted that this non-Vedic society would one day rule much of the world, including India. Alexander the Great conquered India for the Pulinda or Greek civilization in 326 B.C., fulfilling the prophecy.

      The Sabha-parva and Bhisma-parva sections of the Mahabharata mention the province of Abhira, situated near what once was the Sarasvati River in ancient Sind. The Abhiras are said to have been warriors who had left India out of fear of Lord Parashurama and hid themselves in the Caucasion hills between the Black and Caspian Seas. Later, for a period of time, they were ruled by Maharaja Yudhisthira. However, the sage Markandaya predicted that these Abhiras, after they gave up their link with Vedic society, would one day rule India.

      Another province mentioned in Mahabharata (Adi-parva 85.34) is that of the Yavanas (Turks) who were so named for being descendants of Maharaja Yavana (Turvasu), one of the sons of Maharaja Yayati, as previously explained. They also gave up Vedic culture and became Mlecchas. They fought in the battle of Kuruksetra against the Pandavas on behalf of Duryodhana and lost. However, it was predicted that they would one day return to conquer Bharata-varsa (India) and, indeed, this came to pass. Muhammad Ghori later attacked and conquered parts of India on behalf of Islam from the Abhira and Yavana or Turkish countries. Thus, we can see that these provinces in the area of Greece and Turkey (and the countries in between there and India) were once part of the Vedic civilization and had at one time not only political and cultural ties, but also ancestral connections. This is the Vedic version, of the origin of Aryan civilization and how its influence spread in various degrees throughout the world.



 

THE CHRONOLOGY OF EVENTS

IN THE SPREAD OF VEDIC CULTURE


 

      Now I will piece together the basic chronological order of the spread of Vedic culture from India. According to the Vedic tradition, the original spiritual and Vedic knowledge was given to mankind by God at the beginning of creation. Thus, there would have been a highly advanced Vedic and spiritual civilization in the world. However, through various earth changes, such as ice ages, earthquakes, droughts, etc., the structure of the global cultures changed. Some of these events, such as the great flood, are recorded by most cultures throughout the world.

      Many scholars feel that the global deluge happened around 13,000 years ago. Some think that it could have been a meteorite impact that triggered the end of the Ice Age and caused a giant meltdown that produced the water that flooded the planet. Much land disappeared, and the global flood swept away most of the world’s population. Great lakes were formed, all lowlands disappeared, and lands like Egypt became moist with water. This means that the advanced civilization that had once populated the earth was now gone, and would be replaced by the survivors. It was the mariners, such as the Vedic Manu and his family, who survived the flood and colonized other parts of the world.

      Further information of the last ice age and global deluge is briefly explained by Dr. Venu Gopalacharya. In a personal letter to me (July 22, 1998), he explained that, “There are eighteen Puranas and sub-Puranas in Sanskrit. According to them, only those who settled on the high mountains of Central Asia and around the Caspian Sea, after the end of the fourth ice age, survived from the glaciers and deluge. During the period from the end of the fourth ice age and the great deluge, there were 12 great wars for the mastery over the globe. They divided the global regions into two parts. The worshipers of the beneficial forces of nature, or Devas, settled from the Caspian Sea to the eastern ocean, and the worshipers of the evil forces of nature occupied the land to the west of the Caspian Sea. These became known as the Assyrians (Asuras), Daityas (Dutch), Daiteyas (Deutch or German), Danavas (Danes), and Danutusahs (Celts). Some of them migrated to the American continent. The Mayans, Toltecs, and the rulers of Palanque (Patalalanke), are considered to be the Asuras who migrated to the Patala (land below), or the land of immortals, Amaraka. [This is the original Sanskrit from which the name of America is derived. Mara in Sanskrit means death, amara means no death or beyond it.] In the deluge, most of these lands were submerged. Noah (Manu) and his subjects became known as Manavas, ruled by the monarchs of the globe. They were successors of his [Manu’s] nine sons and one daughter.”

      Dr. Venu Gopalacharya continues this line of thought in his book, World-Wide Hindu Culture and Vaishnava Bhakti (pages 117-18). He explains further how this Vedic culture continued to spread after the great deluge. It was under the leadership of the Solar dynasty princes that a branch of Indians marched west of the Indus River and occupied the area of Abyssinia and its surrounding regions around the rivers Nile, Gambia, and Senagal. The names of Abyssinia and Ethiopia are derived from words that mean colonies of the people of the Sindhu and the Aditya or Solar dynasty. You can recognize many names of places in and around Ethiopia that are derived from the original Sanskrit. So after the great deluge, Vaivasvata Manu’s nine sons [some references say ten sons] were ruling over the various parts of the globe. They and their successors were very concerned about establishing the Vedic principles of Sanatana-dharma, the uplifting way of life for regaining and maintaining one’s spiritual identity and connection with the Supreme. This was the essence of Vaivasvata Manu’s teachings. This was especially taught and strictly followed by the great rulers of the Solar dynasty who governed from Ayodhya. These principles included the practice of truth, nonviolence, celibacy, cleanliness, non-covetousness, firmness of mind, peace, righteousness, and self-control as exemplified by Lord Sri Rama and His ancestors like Sagara, Ambarisha, Dilipa, Raghu, and Dasaratha. This is explained in Kalidasa’s Raghuvamsha as well as other Puranas and Itihasas. This standard became more popular with the ancient Indians than people in other parts of the world, and, thus, India became the center of this Vedic way of life since time immemorial.

       The unfortunate thing is that many of the most ancient records, in which we may very well have been able to find more exact information about this sort of early history, were destroyed by the revolutionary fanatics at places like Alexandria, Pusa, Takshashila, and others in Central Asia, and Central and South America. They did so while declaring that such knowledge and records were unnecessary if they contained what was already in their own religious books, but should be destroyed if they contained anything different. This is why the mythologies of Egypt, Babylonia, the Jews, the Old Testament, and the holy Koran contain only brief accounts of the pre-historical facts beyond 2500 years ago, unlike those histories that hold much greater detail as found in the ancient Vedic and Puranic literature.

      In any case, we can begin to see that the Vedic Aryans had been living in the region of India since the last deluge, from about 13,000 to 10,000 B.C. Thus, there could not have been any pre-Aryan civilization in this area that had been conquered by so-called “invading Aryans” in 1500 B.C.

      Using the many types of evidence previously provided in this chapter, it is clear that the height of the Vedic Age was certainly long before 3100 B.C., even as early as 4000 to 5000 B.C. as some scholars feel. Bal Gangadhar Tilak estimates that the Vedas were in existence as early as 6000 B.C., based on historical data, while others say it was as far back as 7000-8000 B.C. Since the Vedic culture during this time was practicing an oral tradition, and the literature had still not been put into written form, the basic hymns of the Rig-veda, and even the Atharva-veda and others, could have been in existence for many thousands of years. These Vedas were used in everyday life for society’s philosophy, worship, and rituals. Therefore, they were a highly sophisticated product of a greatly developed society, and must date back to the remotest antiquity. Or, as the tradition itself explains, the essence of Vedic knowledge had been given to humanity by God at the time of the universal creation and has always been in existence.

      By 3700, all of the principal books of the Rig-veda were in place and known. Of course, this was still an oral tradition and additional books could still have been added. One point in this regard is that the father of the great Bishma was Shantanu whose brother, Devapi, is credited with several hymns of the Rig-veda. This could not have been much earlier than 3200 B.C. since Bishma played a prominent role in the Mahabharata War at Kuruksetra, which is calculated to have been around 3137 B.C. Further calculations can be accorded with the dynastic list as found in the Adi Parva of the Mahabharata. With the help of the list, from 3100 B.C. we get nearly an additional 630 years or longer going back to Sudas and the Battle of the Ten Kings, as described in the Rig-veda. This takes us back to about 3730 B.C. Therefore, the height of the Vedic Age can be dated no later than 3700 B.C.

      From the Vedic literature, we can also see that the Sarasvati River had to have been at its prime around 4000 to 5000 B.C. or earlier. This is when it was recorded in the Rig and Atharva-vedas. This was also when the Vedic culture was spreading throughout the world, either because of reasons of trade, migration, or because some of the degenerated tribes were driven out of the Indian region. Some of the first tribes to have left India may include the Prithu-Parthavas (who later became the Parthians), the Druhyus (who became the Druids), the Alinas (Hellenes or ancient Greeks), the Simyus (Sirmios or ancient Albanians), the Cinas (Chinese), and others. This could have been around 4500 B.C., as explained by N. S. Rajaram in The Vedic Aryans and the Origins of Civilization (p. 210). These were some of the earliest of Aryans who created the most ancient form of Indo-European society. They took with them their Vedic customs, language, rituals, etc., all of which gradually changed with time due to their lack of seriously following the Vedic traditions, or because of their loss of close contact with the orthodox homeland. This would certainly help explain the many similarities in languages and culture that we find today between numerous regions of the world, many of which we will explain later in this book.

      During the fourth millennium, near 3800 B.C., North India had plenty of water, with such great rivers as the Indus to the north, the Ganga to the east, and the central Sarasvati-Drishadvati river system, which was fed by the Sutlej and the Yamuna. The great Thar desert did not yet create a division between North India and the western areas. So it was all one cultural entity. Thus, the central Vedic society covered a much wider area and had greater influence than the mere country of India today.

      However, before the time of the Mahabharata War, the Yamuna had changed its course and was no longer flowing into the Sarasvati, but emptied into the Ganga. By the time of the Mahabharata, around 3100 B.C., the Sarasvati is described in relation to Balarama’s pilgrimage (Shalya Parva, 36-55) as still being significant in its holiness, but from its origin it flowed only for a forty-day journey by horse into the desert where it disappeared. All that was left were the holy places that used to be on its banks (as also mentioned in 3.80.84; 3.88.2; & 9.34.15-8). The Mahabharata also describes the geographical location of the river, saying that it flows near Kurukshetra (3.81.125). Similar information along with the place where the Sarasvati disappears, Vinasana, is found in the Manu-samhita (2.21). Gradually, the desert expanded and the people of the western region continued to migrate farther west, losing touch with their Vedic roots. This is what helped further the development of the Sumerian and Egyptian communities.

      The next major time period of 3100 B.C. or earlier not only marks the era of the Mahabharata War, the disappearance of Lord Krishna, and the beginning of the Kali-yuga, but it also marks the beginning of the end of the Vedic Age. The war at Kurukshetra was the beginning of the breakdown of the Vedic culture and its global contacts. It is also the time when the remaining major portions of the Vedic literature were compiled, which was accomplished by Srila Vyasadeva, for which He had appeared in this world. And since there were no Aryan invasions coming into India or the Indus Sarasvati region, as we have already established, then this is also the time when the Harappan civilization began to form, or reach its prime if it was already in existence. Furthermore, this was also the time of the first and second dynasties of Egypt, which is corroborated by the fact that many scholars feel that the pyramids of Egypt were built at this time. Some scholars feel that the Step pyramid in Sakkara, 30 miles south of Giza, was built about 5,000 years ago (around 3000 B.C.), while others consider it dates back to 2650 B.C. This also suggests that the Sumerian civilization was entering its prime during this period as well. It was also when the Egyptians and Sumerians were depending on the mathematical systems and formulas of the Shulbasutras from India for their own architecture, altars, and town planning, as were the sites of the Harappan civilization.

      From 3000 to 2000 B.C., as the people continued to spread out from India to the west, there was still much contact between India and such areas as Egypt, Sumeria, Mesopotamia, and others. However, the great 300 year drought in the area created intense difficulties for all of these civilizations. Many agree that the Harappan civilization ended around 2500-2200 B.C. This 300 year drought, not any invaders, caused the beginning of the end of the Harappan sites, as well as that of the Akkadian society. The ancient Egyptian civilization also could have met its end because of this drought, leaving us only with the remnants of its monuments and writings that we are still trying to fully understand today. Its people probably migrated in the search for better resources. Furthermore, 3000 to 2500 B.C. is also the period, according to British archeological estimates, that is believed to be when the Druids and their priests arrived in Britain. However, the English Druids claim their origin is from the east from as far back as 3900 B.C., which follows more closely to the Vedic version.

      By 2000 B.C. the Sutlej had also changed its course and flowed into the Indus, while the desert relentlessly grew. This left the Sarasvati with few resources to continue being the great river it once was. Near 1900 B.C., the Sarasvati River finally ceased to flow altogether and completely dried up, contributing to the disbanding of the people of northwestern India to other places, and making the Gangetic region the most important for the remaining Vedic society. Once the Sarasvati disappeared, the Ganga replaced it as the holiest of rivers.

      After 2000 B.C. was a time of much migration of the Indian Aryans into West Asia, Mesopotamia, Iran, and further. There was the founding of the Kassites, Hittites, and Mittani, along with the Celts, Scythians, etc., who all participated in their own migrations.

      The reason why the populace of Europe gradually forgot their connection with India was because contacts between India were reduced to the Greeks and Romans. Then when Alexander and the Greeks invaded India, contacts were reduced to almost nothing for centuries. Thereafter, the Romans became Christians, forcing the rest of Europe to follow. This left the Arabs as the primary traders between India and Europe, until the wars developed between the Christians and the growing Muslims. Once the Muslims captured Constantinople in Turkey, they controlled all trade routes between Europe and India, and forced Europeans to find a sea route to India. This lead to the “discovery” of America, Australia, and parts of Africa. Later, as the trade routes with India were opened, missionaries, new invaders, and so-called scholars became the new conquerors. With them also came the new versions of history brought about to diminish the real heritage and legacy of India.  


 

CONCLUSION

                                           

      This chapter provides evidence of the real origination of the Vedic Aryans. It also makes it clear that it is to the East, specifically the area of India, where the origins of advanced civilization and the essence of religion and spiritual philosophy can be traced. From there, the Aryan influence had spread to many other regions and can still be recognized in numerous cultures. Only a few open-minded people who look at the whole picture of this kind of religious development will understand the inherent unity the world and its history contains. Such unity is disturbed only by mankind’s immature, dogmatic, and self-centered feelings for regional and cultural superiority. We have seen this in the propaganda that was effectively used by the Nazis and is presently used by neo-Nazis and white supremacist groups who now employ the modern myth that the original location of the Aryan race was in northern Europe. Thus, they imply that members of this race are superior over all other races in physique, language, mental capabilities, and culture. This myth must be seen for what it is because there is no doubt that the real Aryan people originated and spread from the region of India and the Indus Valley, not Europe.

      As N. S. Rajaram so nicely explains in Vedic Aryans and The Origins of Civilization (pp. 247-8), “To conclude: on the basis of archeology, satellite photography, metallurgy and ancient mathematics, it is now clear that there existed a great civilization--a mainly spiritual civilization perhaps--before the rise of Egypt, Sumeria and the Indus Valley. The heartland of this ancient world was the region from the Indus to the Ganga--the land of the Vedic Aryans.

      “This conclusion, stemming from scientific findings of the past three decades, demolishes the theory that nomadic Aryans from Central Asia swooped down on the plains of India in the second millennium BCE and established their civilization and composed the Rig-veda. The picture presented by science therefore is far removed from the one found in history books that place the ‘Cradle of Civilization’ in the river valleys of Mesopotamia. Modern science and ancient records provide us also a clue to a long standing historical puzzle: why since time immemorial, people from India and Sri Lanka, to England and Ireland have spoken languages clearly related to one another, and possess mythologies and beliefs that are so strikingly similar.

      “The simple answer is: they were part of a great civilization that flourished before the rise of Egypt, Sumeria and the Indus Valley. This was a civilization before the dawn of civilizations.”

      May I also say that this corroborates the history as we find it in the Vedic literature, especially the Rig-veda and the Puranas. It therefore helps prove the authenticity of the Vedic culture and our premise that it was the original ancient civilization, a spiritual society, using the knowledge as had been given by God since the time of creation, and established further by the sages that followed. According to a recent racial study (The History and Geography of Human Genes), it has been confirmed that all people of Europe, the Middle East, and India belong to a single Caucasian type race. This means that they had to have come from the same source. Thus, we are all descendants of this great Vedic culture, the center of which is India. As more evidence comes forth, it will only prove how the testimony of the Rig-veda and the Puranas is confirmed, and will point to the area of northern India as the original homeland of the Vedic Aryans.

      The point of all this is that even if Muslims, Christians, Jews, Buddhists, Hindus, etc., all keep their own ideology, legends, and traditions, we should realize that all of these legends and conceptions of God and forms of worship ultimately refer to the same Supreme God and lesser demigods, although they may be called by different names according to present day variations in region and culture. In other words, all these doctrines and faiths are simply outgrowths of the original religion and worship of the one Supreme Deity that spread throughout the world many thousands of years ago from the same basic source, and which is now expressed through the many various cultural differences in the world. Therefore, no matter what religion we may consider ourselves, we are all a part of the same family. We are merely another branch of the same tree which can be traced to the original pre-historic roots of spiritual thought that are found in the Vedic culture, the oldest and most developed philosophical and spiritual tradition in the world.

      In the following chapters this will become more apparent as we begin to take a closer look at each individual culture and religion, and various locations throughout the world, and recognize the numerous connections and similarities they have with the Vedic traditions and knowledge.

[This booklet is available at http://www.stephen-knapp.com]

 

Vestígios Inter-culturais da Civilização Védica

 

Cross-cultural Traces of Vedic Civilization

 

por Sadaputa Dasa

 

O escritor grego da antiguidade Aratos conta a seguinte história sobre a constelação de Virgo, ou virgem. Virgo, ele diz, talvez tenha pertencido à raça estelar, os antepassados das estrelas antigas. Em tempos primitivos, na era de ouro, ela viveu entre a humanidade como a Justiça personificada e exortava as pessoas a aderirem à verdade. Nesta época, as pessoas viviam pacificamente, sem hipocrisia ou discussões. Posteriormente, na era de prata, ela escondeu-se nas montanhas, mas, ocasionalmente, ela descia das montanhas para repreender severamente as pessoas por seus atos maléficos. Finalmente, chegou a era de bronze. As pessoas inventaram a espada e “provaram a carne das vacas, os primeiros a fazerem isso”. Neste momento, Virgo “voou para a esfera”; isto é, ela partiu para o reino celestial. [1]

 

A literatura Védica da Índia oferece uma descrição elaborada do universo como um cosmos – um sistema harmonioso e ordenado criado de acordo com um plano inteligente como uma habitação para os seres vivos. A visão moderna do universo é tão diferente da visão Védica que esta última é, atualmente, difícil de compreender. Em tempos passados, entretanto, cosmogonias similares ao sistema Védico eram amplamente difundidas entre as pessoas por todo o mundo. Eruditos da atualidade tendem a imediatamente descartar tais sistemas de pensamento como mitologia, apontando para sua diversidade e para suas estranhas idéias como uma prova de que são todos simplesmente produtos da imaginação.

 

Se fazemos isso, contudo, talvez estejamos negligenciando importantes informações de algo que poderia lançar luz sobre o vasto e esquecido período que precede à curta extensão da história humana registrada. Certamente há muita evidência de contadores de histórias independentes na tradição de várias culturas, mas há também muitos temas em comum. Alguns desses temas se encontram de forma altamente desenvolvida na literatura Védica. Sua presença em culturas ao longo do mundo é consistente com a idéia de que, no passado distante, a cultura Védica exerceu influência mundial.

 

Neste artigo, daremos alguns exemplos de idéias Védicas concernentes a tempo e longevidade humana que aparecem repetidamente em diferentes tradições. Primeiramente, examinaremos algumas dessas idéias, e, então, discutiremos algumas questões relativas ao que elas implicam e como elas podem ser interpretadas.

 

Na literatura Védica, o tempo é tratado como uma manifestação de Krsna, o Ser Supremo. Como tal, o tempo é uma força controladora que regula as vidas dos seres vivos de acordo com um plano cósmico. Tal plano envolve repetidos ciclos de criação e destruição de variadas durações. O menor e mais importante desses repetitivos ciclos consiste nas quatro yugas, ou eras, chamadas Satya, Treta, Dvapara e Kali. Em tais sucessivas eras, a humanidade gradualmente descende de uma plataforma espiritual elevada para um estado degenerado. Então, com o começo de uma nova Satya-yuga, o estado original de pureza é restaurado e o ciclo recomeça.

 

A história de Virgo ilustra que, no mundo mediterrâneo antigo, havia uma difundida crença em uma similar sucessão de quatro eras, conhecida por eles como as eras de ouro, prata, bronze e ferro. Nesse sistema, a humanidade também inicia na primeira era em um estado avançado de consciência e gradualmente se torna degradada. Também neste, os progressivos desenvolvimentos da sociedade humana não estão simplesmente evoluindo por processos físicos, mas são superintendidos por uma inteligência controladora superior.

 

É válido observar que a história de Aratos especifica o uso de vacas como alimento como um ato pecaminoso que desfaz o contato direto da humanidade com os seres celestiais. Tal detalhe é bastante condizente com a muito antiga tradição indiana de proteção à vaca, mas não é algo esperado no contexto da cultura grega ou européia.

 

Uma explicação para similaridades entre idéias encontradas em diferentes culturas é que as pessoas têm, em toda parte, essencialmente a mesma estrutura psicológica, e, portanto, elas tendem, de modo independente, a produzir noções similares. Não obstante, detalhes como o ponto concernente à matança de vacas sugerem que estamos lidando aqui com tradições comuns, e não invenções independentes.

 

Outro exemplo de similaridades entre culturas pode ser encontrado entre os nativos da América do Norte. Os índios Dacota dizem que seus ancestrais foram visitados por uma mulher celestial que lhes deu o sistema de religião deles. Ela lhes apontou que há quatro eras, e que há um búfalo sagrado que perde uma perna a cada era. No momento presente, estamos na última era, uma era de degradação, e o búfalo tem um perna apenas. [2]

 

Esta história é um paralelo bastante próximo da narrativa do Srimad-Bhagavatam do encontro entre Maharaja Pariksit e o touro do Dharma. Ali, é dito que Dharma perde uma perna a cada yuga sucessiva, deixando-o com apenas uma perna na presente Era de Kali.

 

De acordo com o sistema Védico, a duração das eras de Satya, Treta, Dvapara e Kali são 4, 3, 2, e 1 vezes um intervalo de 432.000 anos respectivamente. Dentro desses imensos períodos de tempo, a duração da vida humana é reduzida de 100.000 anos em Satya-yuga para 10.000 anos em Treta-yuga, 1.000 anos em Dvapara-yuga e, finalmente, 100 anos em Kali-yuga.

 

É claro que esta idéia é deveras estranha dentro da moderna visão evolucionista do passado. No mundo mediterrâneo antigo, no entanto, era amplamente acreditado que a história humana se estendia por períodos de tempo muitíssimo longos. Por exemplo, de acordo com registros históricos antigos, Porfírio (aprox. 300 a.C.) disse que Clístenes, um companheiro de Alexandre na guerra persa, despachou para Aristóteles registros babilônicos de eclipses, e que tais registros cobriam 31.000 anos. Similarmente, Jâmblico (século quarto) disse sob a autoridade do astrônomo grego da antiguidade Hiparco que os assírios haviam feito observações por 270.000 anos e que haviam mantido registros do retorno de todos os sete planetas à mesma posição. [3] Finalmente, o historiador babilônico Berosus especificou 432.000 anos para a duração total dos reinos dos reis babilônicos antes da Inundação. [4]

 

Não desejamos sugerir que tais afirmações sejam verdadeiras (ou que elas sejam falsas). O ponto aqui é que as pessoas na civilização mediterrânea antiga possuíam uma visão muito diferente do passado em relação à visão dominante da atualidade; e tal visão é amplamente consistente com a cronologia Védica.

 

Embora a Bíblia seja bem conhecida por advogar um brevíssimo espaço de tempo para a história humana, é interessante notar que ela contém informações indicando que pessoas, em dado momento, viviam por cerca de 1.000 anos. No Antigo Testamento, as seguintes idades são atribuídas a pessoas vivendo antes da Inundação Bíblica: Adão, 930; Set, 912; Enós, 365; Matusalem, 969; Lemeque, 777; e Noé, 950. Se excluirmos Enós (que se diz ter sido levado para o céu em seu próprio corpo), essas pessoas viveram uma média de 912 anos. [5]

 

Após a Inundação, todavia, as seguintes idades são registradas: Sem, 600; Arfaxad, 438; Selá, 433; Éber, 464; Pelegue, 239; Ragaú, 239; Serugue, 230; Nahor, 148; Terá, 205; Abraão, 175; Isaque, 180; Jó, 210; Jacó, 147; Levi, 137; Coate, 133; Aarão, 137; Moisés, 120; e Josué, 110. Estas idades demonstram um decline gradual para a média de 100 anos, similar ao que possivelmente aconteceu após o começo de Kali-yuga de acordo com o sistema Védico.

 

Aqui, devemos mencionar de passagem que a Inundação Bíblica é aceita tradicionalmente como ocorrida no segundo ou terceiro milênio a.C., e a data tradicional na Índia para o começo de Kali-yuga é 18 de fevereiro de 3102 a.C.. Esta mesma data é citada como o tempo da Inundação em vários escritos persas, islâmicos e europeus dos séculos seis ao quatorze d.C. [6]. Como a Inundação do oriente médio veio a se associar com o começo de Kali-yuga? O único comentário que podemos fazer é que esta história mostra quão pouco realmente sabemos sobre o passado.

 

Em suporte à história bíblica de enorme duração de vida humana em tempos passados, o historiador Romano Flávio Josefo citou muitos trabalhos históricos disponíveis em seu tempo:

 

Agora, quando Noé viveu 350 anos após a Inundação, e todo aquele tempo alegremente, ele morreu tendo o número de 950 anos, mas que ninguém, comparando a vida dos antigos com as nossas vidas, [...] usem a brevidade das nossas no presente como um argumento de que nenhum deles obteve tão longa duração de vida...

 

Agora, tenho por testemunhas daquilo que eu disse todos aqueles que escreveram Antiguidades, tanto entre os Gregos quanto entre os bárbaros, pois mesmo Maneton, que escreveu a história egípcia, e Beroso, que coletou os monumentos caldéios, e Mochus, e Histeu, e, além desses; Hierônimo, o egípcio; e aqueles que compuseram a história fenícia,  concordam com o que eu aqui digo: Também Hesíodo e Hecateu, Helanicus e Acusilau, além de Éforo e Nicolau, relatam que os povos antigos viviam mil anos: mas, quanto a essa questão, deixemos que cada um a olhe como considerar apropriado. [7]

 

Para nosso descontentamento, praticamente nenhuma das obras referidas a Josefo ainda existem, e isto novamente mostra o quão pouco sabemos do passado. Contudo, em existentes sagas nórdicas, diz-se que as pessoas, em tempos passados, viviam por muitos séculos. Além disso, as sagas nórdicas descrevem uma progressão de eras, incluindo uma era de paz, uma era quando diferentes ordens sociais são introduzidas, uma era de crescente violência, e uma degradada “era de punhais e machados com escudos bifendidos”. [8] A última era é seguida por um período de aniquilação, chamado Ragnarok, após o qual o mundo é restaurado à bondade.

 

O Ragnarok nórdico envolve a destruição da Terra e das moradas dos semideuses nórdicos (de nome Asgard), e, deste modo, corresponde, na cronologia Védica, à aniquilação dos três mundos que sucede 1.000 ciclos de yuga, ou um dia de Brahma. É dito que, durante o Ragnarok, o mundo é destruído com chamas por um ser chamado Surt, que vive abaixo do mundo inferior (apropriadamente chamado Hel), e que esteve envolvido na criação do mundo. À guisa de comparação, o Srimad-Bhagavatam (3.11.30) afirma que, ao fim do dia de Brahma, “a devastação se dá devido ao fogo emanado da boca de Sankarsana”. Sankarsana é uma expansão plenária de Krsna que está “no fundo, na base do universo” (Srimad-Bhagavatam 3.8.3), abaixo dos sistemas planetários inferiores.

 

Há muitas similaridades entre as cosmologias nórdica e Védica, mas há também grandes diferenças. Uma diferença marcante é que, no Srimad-Bhagavatam, todos os seres e fenômenos dentro do universo são claramente compreendidos como parte do plano divino de Krsna, a Suprema Personalidade de Deus. Em contraste, na mitologia nórdica, Deus é conspicuamente ausente, e a origem e o propósito da maioria dos personagens no drama cósmico são bastante obscuros. Surt, em particular, é um “gigante de fogo” cujas origens e razões não são claros nem mesmo para os especialistas em literatura nórdica [9].

 

Alguém talvez pergunte: Se temas Védicos aparecem em várias sociedades diferentes, como alguém pode concluir que eles derivam de uma civilização Védica? Talvez eles tenham sido criados em muitos lugares de modo independente, ou talvez eles descendam de uma cultura desconhecida que é também ancestral ao que chamamos de cultura Védica. Assim, paralelos entre as narrativas de Surt e Sankarsana podem ser coincidências, ou talvez a narrativa Védica derive de uma história similar àquela de Surt.

 

Nossa resposta a esta questão é que evidências empíricas disponíveis não serão suficientes para provar a hipótese de descendência de uma cultura Védica antiga visto que toda evidência empírica é imperfeita e sujeita a várias interpretações; mas podemos decidir se as evidências são consistentes ou não em validar esta hipótese.

 

Se houve uma civilização Védica mundial no passado, esperaríamos encontrar vestígios dela em várias culturas ao redor do mundo. Parece que de fato estamos encontrando tais vestígios, e muitos concordam com as narrativas Védicas em detalhes específicos, como a localização da morada de Surt ou a perda de uma perna por era universal por parte do búfalo sagrado. Uma vez que esta civilização começou a perder sua influência milhares de anos atrás, no começo de Kali-yuga, esperaríamos que muitos de tais vestígios se encontrassem fragmentados e sobrepostos por muitas adições posteriores, e isso também vemos. Assim, as evidências disponíveis parecem consistentes com a hipótese de uma origem Védica.

 

 

Tradução de Bhagavan dasa (DvS)

 

 

REFERÊNCIAS

 

[1] E. C. Sachau, trans., Alberuni's India (Delhi: S. Chand & Co., 1964), pp. 383-4.

[2] J. E. Brown, ed., The Sacred Pipe (Baltimore: Penguin Books, 1971), p. 9.

[3] D. Neugebauer, History of Ancient Mathematical Astronomy (Berlin: Springer-Verlag, 1975), pp. 608-9.

[4] J. D. North, "Chronology & the Age of the World," in Cosmology, History & Theology, eds. Wolfgang Yourgrau and A. D. Breck (N. Y.: Plenum Press, 1977), p. 315.

[5] D. W. Patten and P. A. Patten, "A Comprehensive Theory on Aging, Gigantism & Longevity," Catastrophism & Ancient History, Vol. 2, Part 1 (Aug. 1979), p. 24.

[6] J. D. North, Ibid., p. 316-7.

[7] D. W. Patten, Ibid., p. 29.

[8] V. Rydberg, Teutonic Mythology, R. B. Anderson, trans. (London: Swan Sonnenschein & Co., 1889), pp. 88,94.

[9] Ibid., pp. 448-9.

 


 

A Morte da Teoria da Invasão Ariana


 

Death of the Aryan Invasion Theory


 

Stephen Knapp


 

Valendo-se meramente de uma breve pesquisa, uma pessoa pode descobrir que cada área do mundo tem sua própria cultura antiga incluindo seus próprios deuses e lendas sobre as origens de várias realidades cosmológicas, e que muitas de tais culturas são muito similares. Mas de onde vieram todas essas histórias e deuses? Eles se espalharam ao redor do mundo de uma fonte em particular, mudando apenas de acordo com diferenças de línguas e costumes? Se não, por que, então, esses deuses e deusas de várias partes do mundo são tão similares?


 

Infelizmente, informações sobre religiões pré-históricas são frequentemente reunidas através de quaisquer remanentes de culturas anteriores que podemos encontrar, como ossos em tumbas e cavernas ou esculturas antigas, escritos, gravações, pinturas em parede e outras relíquias. A partir destas, somos deixados a especular sobre os rituais, cerimônias e crenças das pessoas e o propósito dos itens encontrados. Em geral, podemos apenas imaginar quão simples e atrasadas tais pessoas antigas eram enquanto não pensamos que civilizações mais avançadas possam ter-nos deixado com praticamente quase nada em termos de remanentes físicos. Eles talvez tenham construído casas de madeira e outros materiais que não pedras, as quais, desde então, desvaneceram-se com as estações, ou simplesmente foram substituídas por outras construções ao longo dos anos ao invés de enterradas pelas areias do tempo para serem desenterradas pelos arqueólogos. Ou ainda, eles talvez tenham cremado seus mortos, como algumas sociedades fazem, não deixando ossos para serem descobertos. Deste modo, sem museus ou registros históricos do passado, não haveria forma de realmente saber como eram as culturas pré-históricas.


 

Alguns milhares de anos no futuro, as pessoas poderiam descobrir nossas próprias casas após terem estado enterradas por muito tempo e encontrarem antenas televisivas no topo de cada casa conectadas a uma televisão no interior; quem sabe o que pensariam? Sem uma história registrada de nossos tempos, elas talvez especulassem que as antenas, estando apontadas para os céus, eram usadas por nós para nos comunicarmos com os nossos deuses, que apareceriam, por poder místico, na tela do televisor em nossos lares. Talvez também pensassem que éramos muito devotados aos nossos deuses dado que algumas casas teriam dois, três ou mais televisores, permitindo que jamais estivéssemos sem contato com nossos deuses ao longo do dia. E, visto que os televisores frequentemente se encontravam em áreas proeminentes, com sofás e cadeiras reclináveis, deveria certamente se tratar da sala de oração, onde encontraríamos a adequada inspiração para viver a nossa vida. Ou talvez pensassem que a televisão em si era deus, o ídolo de nossos tempos. Esta, é claro, não seria uma suposição muito precisa, mas reflete a dificuldade que temos em compreender as religiões antigas pelo meio da análise dos remanentes que encontramos. Não obstante, quando começamos a comparar todas as religiões do mundo, podemos ver que elas são todas inter-relacionadas e têm uma fonte a partir da qual todas elas parecem ter-se originado; e a maior parte delas pode ser rastreada em direção ao oriente.


 

A maior parte dos estudiosos concorda que as religiões mais antigas parecem ter nascido das culturas organizadas mais antigas, que são os sumérios ao longo do Eufrates, ou os arianos localizados na região do Vale do Indo. De fato, essas duas culturas eram relacionadas.


 

O pesquisador e acadêmico L. A. Waddell oferece mais evidências expondo a relação entre os arianos e os sumérios. Ele afirma em seu livro, The Indo Sumerian Seals Deciphered, que a descoberta e a tradução dos emblemas sumérios ao longo do Vale do Indo evidenciam que a sociedade ariana existiu ali desde 3.100 a.C. Muitos emblemas sumérios encontrados ao longo do Indo trazem os nomes de famosos profetas e príncipes ariano-védicos familiares aos hinos Védicos. Tais personalidades arianas, portanto, não eram meramente parte de um mito elaborado, como alguns parecem proclamar, mas de fato viveram milhares de anos atrás, como relatado nos épicos Védicos e nos Puranas.


 

Waddell também diz que a língua e a religião dos indo-arianos eram imensamente similares àquelas dos sumérios e dos fenícios, e que os primeiros reis arianos dos indianos Vedas são idênticos aos bem conhecidos reis históricos dos sumérios. Ele acredita que o decifrar desses emblemas do Vale do Indo confirma que os sumérios eram, na verdade, os primeiros arianos e autores da civilização Védica. Ele conclui que os sumérios eram arianos em termos físicos, culturais, religiosos, lingüísticos e de escrita. Ele também pressente que os sumérios primitivos no Golfo Pérsico, próximo de 3.100 a.C., eram fenícios que eram arianos em raça e fala, e que foram os introdutores da civilização ariana da antiga Índia. Deste modo, ele conclui que os arianos eram os portadores de uma civilização elevada e aqueles a estenderem-se pelo mediterrâneo, pelo noroeste da Europa e pela Bretanha, bem como a Índia. Contudo, ele afirma que os primitivos arianos suméro-fenícios não tomaram parte na invasão ariana da Índia até o século sétimo a.C. após sua derrota por parte do Sargão II da Assíria em 718 a.C. na Carquemish, Alta Mesopotâmia. Embora os Sumérios possam de fato terem sido arianos, alguns pesquisadores têm a impressão de que, ao invés de serem os originadores da cultura ariano-védica, ou parte de uma invasão à Índia, eles eram uma extensão da cultura Védica que se originou na Índia e espalhou-se pela Pérsia e entrou na Europa.


 


 

TEORIAS SOBRE AS ORIGENS ARIANAS


 

Isto nos leva às diferentes teorias que os estudiosos têm acerca das origens da sociedade ariana. Embora pareça evidente que uma sociedade ariana estivesse em existência no Vale do Indo no ano de 3.100 a.C., nem todos concordam com as datas que Waddell apresentou para a invasão ariana na Índia; e se os arianos eram realmente invasores é duvidoso. Obviamente, diferentes visões acerca da arianização da Índia são defendidas por diferentes historiadores. Alguns estudiosos dizem que foi por volta do ano 1.000 a.C. quando os arianos adentraram o Irã pelo norte e então ocuparam a região Indo aproximadamente em 800 a.C. Nesse cenário, os arianos teriam de ter entrado na Índia algum tempo depois disso. Outros dizem, todavia, que foi entre 1.500 e 1.200 a.C. que os arianos entraram na Índia e fizeram os hinos que compõem o Rg-veda. Assim, alguns calculam que o Rg-veda deva ter sido composto por volta de 1.400 a.C..


 

O Sr. Pargiter, outro estudioso eminente, argumenta que a influência ariana na Índia foi sentida muito antes da composição dos hinos Védicos. Ele afirma que os arianos entraram na Índia próximo de 2.000 a.C. pela região central dos Himalaias e depois adentraram o Panjabe. Brunnhofer e outros defendem que a composição do Rg-veda se deu não no Panjabe, mas no Afeganistão ou no Irã. Esta teoria supõe que a entrada ariana na Índia foi muito posterior.

Mesmo Max Muller, o grande orientalista e tradutor de textos orientais, também foi um grande proponente das especulações referentes às datas das compilações dos Vedas. Ele admitiu que suas idéias referentes às datas dos Vedas não eram confiáveis. Ele, originalmente, estimara que o Rg-veda havia sido escrito por volta de 1.000 a.C.. No entanto, ele foi imensamente criticado por tal data, e ele escreveu posteriormente em seu livro, Physical Religion (p. 91, 1981): “Se os hinos Védicos foram compostos 1000, 1500 ou 2000 a.C., nenhum poder na Terra irá determinar”.


 

Assim, como podemos ver a partir dos exemplos supracitados - os quais são apenas poucas de muitas idéias sobre as origens arianas -, analisar tais teorias pode ser um tanto confuso. De fato, tantas teorias sobre a localização dos arianos ou indo-europeus originais são apresentadas por arqueólogos e pesquisadores que, por um tempo, eles sentiram que a localização poderia mudar de minuto em minuto, dependendo da mais recente evidência apresentada. Em muitos casos ao longo dos anos, arqueólogos presumiam terem localizado a morada dos sumérios ou arianos toda vez que encontrassem certos tipos de artefato de metal ou louça pintada que se assemelhassem ao que havia sido encontrado nos sítios sumérios ou do Vale do Indo. Conquanto tais achados possam ter sido de alguma significância, estudos posteriores provaram que eram de importância consideravelmente menor do que aquela que se havia sido originalmente atribuída a eles, e, portanto, a questão da localização da morada ariana original não poderia ser dada por concluída.


 


 

HOUVE, EM ALGUM MOMENTO, UMA INVASÃO ARIANA?


 

Uma das razões mais proeminentes para que alguns pesquisadores ocidentais considerem a idéias de uma invasão ariana na Índia se dá em decorrência de sua má interpretação dos Vedas, deliberada ou não, que sugere que os arianos era um povo nômade. Uma de tais interpretações se deriva do Rg-veda, que descreve a batalha entre Sudas e os dez reis. A batalha dos dez reis se compunha dos Pakthas, Bhalanas, Alinas, Shivas, Vishanins, Shimyus, Bhrigus, Druhyas, Prithus e Parshus, os quais lutaram contra os Tritsus. Os Prithus ou Parthavas tornaram-se os Pártias do atual Irã (247 a.C. - 224 d.C.). Os Parshus ou Pashavas tornaram-se os atuais Persas. Tais reis, embora alguns sejam descritos como arianos, eram, na verdade, arianos caídos, ou reis rebeldes e materialistas que haviam abandonado o caminho espiritual e sido conquistados por Sudas. Eventualmente, houve uma degeneração do reinado espiritual nas áreas da Índia, e guerras tiveram de ser travadas a fim de restabelecer a espiritual cultura ariana nessas áreas. Estudiosos ocidentais facilmente poderiam – e de fato o fizeram – interpretar isto como significando uma invasão de um povo nômade chamado arianos ao invés de simplesmente uma guerra em que os superiores reis arianos restabeleceram os valores espirituais e o estilo de vida védico-ariano.


 

Lembremos também que a teoria da invasão ariana foi conjeturada no século décimo nono com o intento de explicar as similaridades encontradas no sânscrito e nas línguas européias. Uma pessoa que reportou sobre isto foi Deen Chandora em seu artigo Distorted Historical Events and Discredited Hindu Chronology, como aparece em Revisiting Indus-Sarasvati Age and Ancient India (p. 383). Ele explica que a idéia da invasão ariana certamente não foi uma questão de pesquisa mal sucedida, senão uma conspiração para deliberadamente distribuir o conhecimento falso formulado em 10 de abril de 1966 em Londres em um encontro secreto realizado na Sociedade Real Asiática. Este se destinava a “induzir a teoria da invasão ariana da Índia de forma que nenhum indiano pudesse dizer que os ingleses são estrangeiros. [...] A Índia sempre foi regida por estrangeiros e, portanto, o país deve permanecer escravo sob o benigno governo cristão”. Trata-se de um ato político, e esta teoria foi colocada em sólido uso em todas as escolas e faculdades.


 

Isto foi, portanto, basicamente uma teoria lingüística adotada pelas autoridades coloniais britânicas para se manterem no poder. Esta teoria sugere, de certa forma, que havia uma raça de arianos brancos e superiores vindos da Cordilheira do Cáucaso e que invadiram a região Indo, a partir do que estabeleceram sua cultura, compilaram sua literatura e então procederam na invasão do restante da Índia.


 

Como se pode esperar, a maior parte daqueles que eram grandes proponentes da teoria da invasão ariana eram freqüentemente ardentes nacionalistas ingleses e alemães, ou cristãos, prontos para desejosamente profanar qualquer coisa não-cristã ou não-européia. Mesmo Max Muller acreditava na cronologia cristã de que o mundo havia sido criado às 9 horas da manhã de 23 de outubro de 4.004 a.C. e de que o grande dilúvio ocorrera em 2.500 a.C.. Desta forma, seria impossível que se apresentasse para a invasão ariana uma data anterior a 1.500 a.C.. A aceitação do paradigma de tempo cristão os forçaria a eliminar todas as outras evidências e possibilidades; assim, o que mais poderiam fazer? Assim, mesmo esta datação da invasão ariana foi baseada em especulação.


 

A teoria da invasão ariana foi criada a fim de fazer com que a cultura e a filosofia indiana fossem tidas como dependentes de desenvolvimentos prévios na Europa, justificando, dessa maneira, a necessidade de governo colonial e expansão do cristianismo na Índia. Também foi este o propósito de estudo do sânscrito, como na Universidade inglesa de Oxford, como indicado pelo coronel Boden, responsável pelo programa. Ele declarou que eles deveriam “promover o aprendizado de sânscrito entre os ingleses para ‘capacitar seus compatriotas a procederem na conversão dos nativos da Índia à religião cristã’.”.


 

Infelizmente, tal também era a meta última de Max Muller. Em uma carta à sua esposa em 1966, ele escreveu sobre sua tradução do Rg-veda: “Esta minha edição e tradução do Veda irá, futuramente, falar mui extensivamente ao destino da Índia e à formação de milhões de almas naquele país. É a raiz da religião deles, e mostrar-lhes o que é a raiz é, estou certo, a única forma de desarraigar tudo o que brotou dali durante os últimos três mil anos”. (The Life and Letters of Right Honorable Friedrich Max Muller, Vol. I. p.346)


 

Essencialmente, os britânicos usaram a teoria da invasão ariana para promover sua política de “divida e conquiste”. A inquietação civil e tensões regionais e culturais criadas pelos britânicos através de designações e divisões dentro da sociedade indiana davam razão e propósito para os britânicos continuarem com seu controle sobre a Índia e ampliá-lo.


 

Contudo, sob escrutínio, a teoria da invasão ariana carece de justificação. O Sr. John Marshall, por exemplo, um dos principais escavadores em Mohenjo-Daro, oferece evidências de que a Índia poderia já estar seguindo a religião Védica muito antes de quaisquer ditos “invasores” terem chegado. Ele aponta ser conhecido que a Índia possuía uma civilização urbana altamente avançada e organizada datando de, pelo menos, 2.300 a.C., se não muito antes. De fato, alguns pesquisadores sugerem que tal evidência deixa claro que a civilização do Vale do Indo era bastante desenvolvida por volta, pelo menos, do ano 3.100 a.C.. As cidades conhecidas dessa civilização cobrem uma área ao longo do rio Indo e se estendem da costa do Rajastão e do Panjabe sobre o Yamuna e a parte alta do Ganges. Em seu apogeu, a cultura Indo espalhou-se por mais de 480.000 quilômetros quadrados, uma área maior do que a Europa Ocidental. Cidades que eram parte da cultura Indo incluem Mohenjo-Daro; Kot Diji, ao leste de Mohenjo-Daro; Amri, no baixo Indo; Lothal, sul de Ahmedabad; Malwan, extremo sul; Harappa, 560 quilômetros rio acima de Mohenjo-Daro; Kalibangan e Alamgirpur, extremo leste; Rupar, próximo aos Himalaias; Sutkagen Dor, ao oeste ao longo da costa; Mehrgarh, 240 quilômetros ao norte de Mohenjo-Daro; e Mundigak, ainda mais ao norte. Evidências em Mehrgarh mostram uma civilização que nos remete a 6.500 a.C.. Esta era conectada com a cultura Indo, mas foi abandonada no terceiro milênio a.C. por volta do tempo em que a cidade de Mohenjo-Daro tornou-se proeminente.


 

A organização dessas cidades e o conhecimento de seus residentes eram muito superiores aos de quaisquer nômades imigrantes, exceto em termos das habilidades militares da época. A ausência de armas nessas cidades, salvo lanças finas, indica que eles não eram muito bem equipados militarmente. Assim, uma teoria é que, se houve invasores, quem quer que tenham sido; ao invés de encorajarem o avanço da sociedade Védica ao chegarem à região do Vale do Indo, devem tê-lo sufocado ou mesmo causado seu fim em certas áreas. Os locais do Vale do Indo podem ter sido uma área onde a sociedade Védica desapareceu após a chegada de tais invasores. Muitas de tais cidades parecem ter sido abandonadas rapidamente, enquanto outras não. Entretanto, alguns geólogos sugerem que as cidades foram deixadas em virtude de mudanças ambientais. Evidências de inundações nas planícies são vistas nas grossas camadas de lodo que agora estão 1.2m acima do rio no estrato superior do Mohenjo-Daro. Outros dizem que necessidades ecológicas da comunidade forçaram o povo a se mudar dado que pesquisas demonstram que houve uma grande redução de chuvas daquele período à atualidade.


 

Também temos que nos lembrar de que muitas das localidades do Indo, como Kalibangan, eram próximas à região do velho rio Sarasvati. Alguns acadêmicos hindus estão até mesmo preferindo renomear a cultura do Vale do Indo para a cultura do Indo-Sarasvati, visto que o Sarasvati era um rio proeminente e muito importante à época. O rio Sarasvati é, por exemplo, muito imensamente glorificado no Rg-veda. Não obstante, o rio Sarasvati parou de fluir e, posteriormente, secou. Recentes estudos científicos calculam que o rio parou de fluir por volta do ano 8.000 a.C.. Ele secou próximo ao fim da civilização do Vale do Indo; pelo menos, ano 1900 a.C.. Esta foi, sem dúvida, uma razão para estas cidades terem sido abandonadas. Isto também significa que, se o povo Védico veio após a cultura do Vale do Indo, eles não poderiam ter conhecido o rio Sarasvati. Esta é mais uma evidência de que os Vedas são de muitos anos antes do período da sociedade do Vale do Indo e de que não foram trazidos para a região por algum invasor.


 

Em resultado dos últimos estudos, evidências apontam na direção de que os sítios do Indo foram varridos, não por atos de guerra ou invasão, mas pela seca que é conhecida como tendo durado 300 anos. Todo esqueleto encontrado na região pode indicar mortes, não por guerra, mas por inanição ou falta de água. A morte dos fracos em conseqüência de inanição é normal antes de toda a sociedade finalmente mudar-se para terras melhores com fontes mais abundantes. Trata-se da mesma seca que varreu os acádios da Suméria e causou um repentino abandono de cidades na Mesopotâmia, como em Tell Leilan e Tell Brak. O começo do fim dessas civilizações tem de ter acontecido próximo de 2.500 a.C.. Esta seca certamente contribuiu para o secar final do rio Sarasvati.


 

No concernente ao Mohenjo-Daro, os arqueólogos não descobriram nenhum sinal de ataque, como queimadas extensivas ou remanentes de guerreiros trajados de armaduras; e também não foram encontradas armas estrangeiras. Isto nos permite acreditar apenas que o inimigo das pessoas nesta região era a natureza, em manifestações como terremotos, enchentes, a seca severa ou até mesmo mudanças no curso dos rios, e não guerreiros invasores. Assim, mais uma vez, a teoria da invasão não se sustenta diante do exame minucioso do ponto de vista antropológico.


 

Os sítios arqueológicos mais conhecidos das cidades do Indo são Mohenjo-Daro e Harappa. Trabalhos de escavação no Mohenjo-Daro foram feitos de 1922 a 1931 e de 1931 a 1934. Evidências mostram que templos exerciam um importante papel na vida dos residentes dessas cidades. A cidadela no Mohenjo-Daro contém um lava pé de 11m por 7m. Este parece ter sido usado para fins cerimoniais de modo similar à maneira que muitos complexos de templo na Índia que possuem espécies de piscinas centrais para banho e rituais. Embora deidades não tenham sido encontradas nas ruínas, sem dúvidas em razão de serem importantes de mais para serem abandonadas, imagens de uma deusa Mãe e de um deus Masculino similar ao Senhor Shiva sentado em uma postura de yoga foram encontrados. Alguns emblemas de Shiva mostram um homem com três cabeças e um falo ereto sentado em meditação e rodeado por animais. Este seria Shiva como Pashupati, o senhor ou amigo dos animais. Representações da lingam de Shiva e da yoni de sua consorte também foram facilmente localizados, bem como pedras não-fálicas, como a pedra shalagrama-shila do Senhor Vishnu. Deste modo, as religiões de Shiva e Vishnu, que são diretamente Védicas, teriam sido parte bastante considerável desta sociedade muito tempo atrás, e não trazidas à região por algum invasor que talvez tenha ali chegado posteriormente.


 

Outro ponto que auxilia no convencimento de que a religião e a cultura Védicas têm de ter estado na Índia e em tempos pré-harappeanos são os altares sacrificiais que foram descobertos nos sítios harappeanos. Eles são todos de projeção similar e se encontram de Baluchistão a Uttar Pradesh e, mais abaixo, em Guzerate. Isto demonstra que toda esta área tem de ter sido parte de uma cultura específica, a cultura Védica, a qual tem de ter estado ali antes de tais sítios terem sido abandonados.


 

Mais informações quanto a este ponto se encontram em um artigo de J. F. Jarrige e R. H. Meadow na edição de agosto de 1980 da revista Scientific American chamado “The Antecedents of Civilization in the Indus Valley”. No artigo, eles mencionam que recentes escavações em Mehrgarh mostram que os antecedentes da cultura do Vale do Indo se remetem a 6.000 a.C. na Índia. Uma influência externa não afetou o seu desenvolvimento. Referências astronômicas estabelecidas nos Vedas concordam perfeitamente com a data de Mehrgarh. Deste modo, sítios como o Mehrgarh refletem o princípio da era Védica da Índia. Assim, temos uma teoria de uma invasão ariana que não é lembrada pelo povo do local que supostamente foi conquistado pelos arianos.


 

Adicionalmente, o Dr. S. R. Rao decifra o manuscrito harappeano como sendo de base indo-ariana. De fato, ele mostra como os manuscritos sul-arábicos, em aramaico antigo e no indiano brami são todos derivados do manuscrito do Vale do Indo. Esta nova evidência confirma que a civilização harappeana não pode ter sido dravidianos subjugados por uma invasão ariana, senão que eram seguidores da religião Védica. A ironia é que a teoria da invasão sugere que os arianos Védicos destruíram os distritos municipais dos dravidianos no Indo que teriam de ter sido previamente construídos de acordo com as instruções matemáticas encontradas na literatura Védica dos arianos, como os Shulbasutras. Este ponto ajuda no invalidar da teoria da invasão; afinal, se as pessoas dessas cidades valiam-se dos estilos Védicos de altares religiosos e planejamento urbano, isto significa que eles certamente já eram arianos.


 

Em uma similar linha de pensamento, em outro livro recente, Vedic Glossary on Indus Seals, o Dr. Natwar Jha providencia uma interpretação do antigo manuscrito dos numerosos emblemas redescobertos da civilização do Vale do Indo. Ele concluiu que os emblemas do Vale do Indo, que são pequenas pedras-sabão de 2,5cm2, exibem uma relação com a antiga forma do brami. Ele encontrou palavras nos emblemas que vêm do muito antigo texto Nighantu, que é um glossário de sânscrito compilado pelo sábio Yaksa, o qual lida com palavras de textos Védicos subordinados. Um relato da busca de Yaksa por palavras sânscritas mais antigas é encontrado no Shanti Parva do Mahabharata. Isto talvez tenha relação com os emblemas do Vale do Indo, e certamente revela sua antiga conexão Védica.


 

O interesse central de tudo isso é que todo o Rg-veda tem de ter existido por milhares de anos antes do tempo em que os emblemas do Vale do Indo foram produzidos. Os emblemas, portanto, eram de origem do sânscrito Védico ou uma derivação deste, e os sítios do Vale do Indo eram parte da cultura Védica. Isto é mais uma evidência de que não houve invasão ariana alguma. Nenhuma invasão ariana significa que a área e os seus residentes já eram parte do império Védico. A partir disso, também podemos concluir, por conseguinte, que o grupo de línguas dito indo-ariano não é nada senão as várias equivocadas pronúncias locais do sânscrito, o qual penetrou o mundo civilizado por milhares de anos.


 

Outro ponto interessante é que restos de esqueletos encontrados nos sítios harappeanos, que retomam 4.000 anos no passado, demonstram os mesmos tipos raciais básicos do Panjabe e Guzerate como encontrados hoje. Isto comprova que nenhuma raça exterior invadiu e tomou a área. O único movimento do oeste para o leste ocorrido se deu após a seca do Sarasvati, e esta envolvia o povo que já estava ali. Em relação a isto, o Sr. John Marshall, encarregado das escavações nos sítios harappeanos, disse que a civilização do Indo foi a mais antiga a ser desenterrada, mais antiga até mesmo do que a cultura suméria, que se acredita ser apenas uma ramificação da primeira, isto é, uma conseqüência da sociedade Védica.


 

Outra colocação concernente aos esqueletos nos sítios harappeanos é que os ossos de cavalos se encontram em todos os níveis dessas localizações. Assim, o cavalo era bem conhecido por essas pessoas. Cavalos são mencionados no Rg-Veda, e era um dos principais animais da cultura Védica da Índia. Nada obstante, de acordo com registros na Mesopotâmia, tal região desconheceu o cavalo até cerca de 2.100 a.C.. Assim, oferece-se mais uma prova de que a direção de movimento das pessoas era da Índia para o oeste, e não o contrário, como sugere a teoria da invasão.


 

O professor universitário Lal escreveu um livro, The Earliest Civilization of South Asia, no qual ele também conclui que a teoria de uma invasão ariana é infundada. Uma invasão não é a razão da destruição da civilização harappeana, senão que esta foi causada por mudanças climáticas. Ele afirma que a sociedade harappeana foi uma fusão constituída de povos do Mediterrâneo, da Armênia, da área alpina e até mesmo da China.. Eles ocupavam-se na típica adoração Védica de fogo, rituais asvamedha. Tais altares de fogo foram encontrados nas cidades do Vale do Indo de Banawali, Lothal e Kalibangan.


 

Ele também explica que a cidade de Kalibangan arruinou-se quando o rio Sarasvati secou, o que se deu em decorrência de severas mudanças climáticas por volta do ano de 1.900 a.C.. Assim, a menção do rio Sarasvati também ajuda na datação dos Vedas, os quais têm que ter existido antes disso. Desta maneira, a origem da escrita sânscrita e as porções mais antigas da literatura passam a ter de ser datas, pelo menos, em 4.000 a.C., 6.000 anos de idade.


 

Em conclusão, V. Gordon Childe declara em seu livro, The Aryans, que, embora a idéia de uma origem asiática dos arianos, que então migraram para a Índia, seja a idéia mundialmente mais aceita, ela é a menos documentada. E tal idéia é apenas uma das improcedentes generalizações com as quais, por mais de setenta anos, antropólogos e arqueólogos conflitam. Hoje, na verdade, a origem asiática setentrional dos arianos é uma hipótese abandonada pela maior parte dos lingüistas e arqueólogos.

 

 

Tradução de Bhagavan dasa (DvS)

Continuação (parte 2 de 4)



 

A CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO

ERA PARTE DA AVANÇADA CULTURA VÉDICA


 

Além do que já discutimos, mais elucidações podem ser trazidas quanto à avançada civilização do Vale do Indo e quanto ao modo como ela influenciou áreas além de sua região quando consideramos o tema da matemática Védica. E. J. H. Mackay explica em seu livro, Further Excavations at Mohenjo-Daro, que toda a base da matemática Védica é a geometria, e instrumentos geométricos foram encontrados no Vale do Indo datando, pelo menos, do ano 2.800 a.C.. A forma Védica de matemática era muito mais avançada do que aquela encontrada no princípio das sociedades grega e egípcia. Isto pode ser visto nos Shulbasutras, suplementos dos Kalpasutras, os quais também mostram as primeiras formas de álgebra usadas pelos sacerdotes Védicos em sua geometria para a construção de altares e arenas com fins religiosos. De fato, a fórmula geométrica conhecida como o Teorema de Pitágoras pode ter sua origem traçada aos Baudhayans, as primeiras formas do Shulbasutras datadas de antes do século oitavo a.C..


 

Os Shulbasutras são as primeiras formas de conhecimento matemático, e certamente a mais antiga para fins religiosos. Eles aparecem basicamente como um suplemento ao aspecto ritualístico (Shrauta) dos Kalpasutras. Essencialmente, eles contêm as fórmulas matemáticas para a projeção de vários altares intentando o ritual Védico de adoração, os quais são evidentes nos sítios do Vale do Indo.


 

A data dos Shulbasutras, após a comparação dos Shulbas Baudhayana, Apastamba e Katyayana com as primeiras ciências matemáticas do Egito e da Babilônia antigos, como descrito por N. S. Rajaram em Vedic Aryans and The Origins of Civilization (p.139), é próximo de 2.000 a.C.. Contudo, após a inclusão de datas astronômicas do Ashvalayana Grihyasutra, do Shatapantha Brahmana, etc., a datação pode ser atrasada até aproximadamente 3.000 a.C., próximo do período da guerra do Mahabharata e da compilação de Srila Vyasadeva dos outros textos Védicos.


 

Com esta visão em mente, a matemática Védica não pode seguir sendo considerada como derivante da Babilônia Antiga, a qual data de 1.700 a.C., senão que tem de ser a fonte tanto desta como da matemática grega ou pitagórica. A avançada natureza da geometria encontrada nos Shulbasutras indica, portanto, que este providenciou o conhecimento que tinha de ser conhecido durante a construção dos sítios do Indo, como Harappa e Mohenjo-Daro, bem como aquele usado na Grécia e na Babilônia antigas.


 

É a matemática Védica aquela a originar o sistema decimal de dezenas, centenas, milhares e assim por diante, e o sistema no qual o excedente de uma coluna de números é transportado para a coluna seguinte. O sistema numérico indiano foi usado na Arábia depois de 700 d.C. e foi chamado Al-Arqan-Al-Hindu. Este se espalhou até a Europa e tornou-se conhecido como os numerais arábicos, os quais, é claro, desenvolveram-se no sistema numérico que usamos hoje, que é significativamente mais fácil do que os símbolos egípcios, romanos ou chineses para números, os quais tornavam as ciências matemáticas muito mais difíceis. Foram os indianos quem legaram os métodos de divisões fracionais e do uso de equações e de letras para significarem fatores desconhecidos. Eles também fizeram descobertas em cálculos e outros sistemas matemáticos muitos séculos antes de tais princípios serem compreendidos na Europa. Deste modo, torna-se óbvio que, se os europeus não houvessem mudado do sistema numérico romano para a forma de matemática originada na Índia, muitos dos desenvolvimentos que se deram na Europa não teriam sido possíveis. Assim, todas as evidências indicam não ter sido nenhum invasor setentrional quem trouxe ou originou esta avançada forma de matemática, senão que esta é de autoria da civilização védico-ariana que já existia na Índia e na região do Vale do Indo. A partir disso entendemos, de modo óbvio, que tamanha influência intelectual não descendeu do norte para Índia, mas viajou da Índia para a Europa.


 

Uma evidência adicional de que nenhum invasor originou a altamente avançada cultura Védica no Vale do Indo é o fato de que vários emblemas que Waddell chama de “sumérios” e datam de 2.800 a.C. foram encontrados trazendo a imagem do búfalo asiático ou búfalo brahma. Zoologistas modernos acreditam que o búfalo asiático era conhecido apenas nas regiões dos vales do Ganges e do Brahmaputra, e que ele não existia na Índia ocidental ou no Vale do Indo. Isto sugeriria algumas poucas possibilidades. Uma é que os sumérios haveriam viajado para a Índia central e oriental por razões comerciais e em busca de pedras preciosas visto que Harappa era um centro de comércio conectado pelo caminho do rio Indo com a indústria de ouro e turquesa do Tibete. Deste modo, eles tomaram conhecimento do búfalo asiático e usaram imagens deles em seus emblemas. A segunda e mais provável possibilidade é que a civilização ariana da época estendeu da Índia oriental para a região do Indo e, prosseguindo sentido oeste, para a mesopotâmia e mais além, incluiu os sumérios como uma ramificação. Então, o comércio e as conexões Védicas deste com a Índia naturalmente levaram a imagem do búfalo asiático para a região do Vale do Indo e além.


 

Outra evidência demonstrando a influência Védica sobre a região de Mohenjo-Daro é uma placa datada de 2.600 a.C. Ela retrata uma imagem do Senhor Krsna como uma criança. Isto demonstra positivamente que a cultura do Vale do Indo era conectada com o sistema Védico antigo, o qual era prevalente ao longo das margens dos rios Sarasvati e Sindhu milhares de anos atrás.


 


 

A LITERATURA VÉDICA NÃO OFERECE EVIDÊNCIA

DE UMA INVASÃO ARIANA


 

Como podemos constatar a partir das informações acima, a presença dos arianos Védicos na região do Indo é inegável, mas as evidências indicam que eles permaneceram ali por muito tempo antes de quaisquer invasores ou nômades imigrantes chegarem, e, assim, os textos Védicos têm obrigatoriamente de ter existido ali por algum tempo também. De fato, a literatura Védica estabelece que eles foram escritos muitos anos antes da mencionada data de 1.400 a.C.. É dito que a era de Kali começou em 3102 a.C. com o desaparecimento do Senhor Krsna, que é o momento em que se declara Srila Vyasadeva ter começado a compor o conhecimento Védico na forma escrita. Desta maneira, o Rg-Veda não poderia ter sido escrito ou trazido para a região pelos “invasores” visto que eles foram até ali supostamente 1.600 anos depois.


 

Um dos problemas quanto à datação da literatura Védica é o uso da análise lingüística, a qual não é confiável. Talvez seja seguro dizer, como apontado por K. C. Verma em Mahabharata: Myth and Reality – Differing Views (p.99), que “Todas as tentativas de datação da literatura Védica valendo-se de fundamentos lingüísticos falharam grotescamente pelas simples razões de que (a) as conclusões de filologia comparativa são frequentemente especulativas e (b) por ora ninguém foi bem sucedido em demonstrar o quanto se muda em uma língua em um determinado período. O único método seguro é o astronômico”.


 

Com esta sugestão, ao invés do uso do método lingüístico, que é muito propenso a erro, podemos buscar a conclusão a que outros chegaram pelo uso de registros astronômicos para a datação dos Vedas. Através do uso de cálculos astronômicos, alguns estudiosos datam os primeiros hinos do Rg-Veda como anteriores a 4.500 a.C.. Outros, como Lokmanya Tilak e Hermann Jacobi, concordam que a maior parte dos hinos do Rg-Veda foram compostos de 4.500 a 3.500 a.C., quando o equinócio da primavera estava na constelação de Órion. De acordo com K. C. Verma, tais cálculos têm de ter sido observações fatuais; ele afirma: “Está provado, sem dúvidas, que, antes das descobertas de Newton, Liebnitz, La Place, La Grange, etc., cálculos regressos não poderiam ter sido feitos; eles baseiam-se em astronomia observacional”. (Mahabharata: Myth and Reality – Differing Views, p.124)


 

Em seu livro intitulado The Celestial Key to the Vedas: Discovering the Origins of the World’s Oldest Civilization, B. G. Sidharth providencia evidências astrológicas de que as primeiras porções do Rg-Veda podem ser datas de 10.000 a.C.. Ele é o diretor do B. M. Birla Science Center e tem 30 anos de experiência com astronomia e ciência. Ele também confirma que a Índia tinha uma próspera civilização capaz de sofisticada astronomia muito antes dos gregos, dos egípcios ou de qualquer outra cultura no mundo.


 

Em seu comentário ao Srimad-Bhagavatam (1.7.8), A. C. Bhaktivedanta Svami, um dos mais distintos estudiosos Védicos dos tempos modernos, também discute a data estimada de quando a literatura Védica foi escrita com base em evidências astronômicas. Ele escreve haver certa diversidade entre os estudiosos mundanos no tocante à data de quando o Srimad-Bhagavatam, a última das escrituras Védicas, foi compilado. A partir do texto, no entanto, é certo que ele foi compilado após o desaparecimento do Senhor Krsna do planeta e antes do desaparecimento do rei Pariksit. No momento presente, estamos, de acordo com cálculos astronômicos e evidências nas escrituras reveladas, no quinto milênio da era de Kali. Ele conclui, por conseguinte, que o Srimad-Bhagavatam tem necessariamente de ter sido compilado, pelo menos, cinco mil anos atrás. O Mahabharata foi compilado antes do Srimad-Bhagavatam, e os principais Puranas foram compilados antes do Mahabharata.


 

Além disso, sabemos que os Upanisads, e os quatro Vedas primários, incluindo o Rg-Veda, foram compilados anos antes do Mahabharata. Isto indicaria que a literatura Védica já existia antes de qualquer suposta invasão, que se diz ter acontecido por volta de 1.400 a.C.. De fato, isto indica que os verdadeiros arianos eram os reis e sábios Védicos, os quais já eram prevalentes na região, e não alguma tribo incerta de nômades que alguns historiadores inapropriadamente chamam de “invasores arianos” e que foram à Índia e então escreveram seus textos Védicos após sua chegada. Deste modo, a versão Védica é confirmada.


 

Outro ponto de consideração é o rio Sarasvati. Alguns consideram que o Sarasvati é simplesmente um rio mítico, mas, por meio de pesquisa e do uso de fotografia aérea, foram descobertas partes daquilo que um dia foi o leito desse rio. Como descrevem os Vedas, e como pesquisas mostram, este já foi um rio muito proeminente. Muitos séculos atrás, ele fluía das montanhas do Himalaias sentido sudoeste em direção ao Mar Arábico no Rann da Kachchh, no norte de Mumbai (Bombaim), na área de Dvaraka. Sabe-se, entretanto, que o mesmo mudou seu curso muitas vezes, fluindo em uma direção mais voltada ao oeste, e secando por volta de 1.900 a.C..


 

Dado que o Rg-Veda (7.95.1) descreve o curso do rio das montanhas para o mar, bem como o localiza (10.75.5) entre o Yamuna e o Shutudri (Sutlej), torna-se óbvio que os arianos Védicos estavam na Índia, obrigatoriamente, antes da seca desse rio, isto é, muito antes do ano 2.000 a.C.. O Atharva-Veda (6.30..1) também menciona o crescimento de cevada ao longo do Sarasvati, e o Vajasaneya Samhita do Yajur-Veda (Shuklayajur-Veda 34.11) relata que cinco rios fluem para dentro do Sarasvati, após o que ele se torna um vasto rio. Confirma-se por fotografia de satélite, arqueologia e investigação hidrológica que o Sarasvati foi um imenso rio de até oito quilômetros de largura. Isto não apenas confirma a antiguidade da civilização ariana na Índia, mas também da literatura Védica, que tem obrigatoriamente de já estar em existência há muitos séculos antes de 1.900 a.C.. Assim, isto auxilia no estabelecimento da data fornecida anteriormente de 3102 a.C., quando os textos Védicos foram compilados.


 

Adicionalmente, o multimilenar Rg-Veda (10.75.5; 6.45.31; 3.59.6) menciona o Ganges, às vezes chamado Jahnavi, juntamente com os rios Yamuna, Sarasvati e Sindhu [Indo] (Rg-Veda, 10.75.1-9). Os rios e povoados na região do Ganges tinham sim significância na literatura Védica, o que demonstra que os Vedas foram escritos na Índia, e não levados para a área do Ganges após terem sido escritos em algum outro lugar.


 

O Manu-samhita (2.21-22) também descreve Madhyadesa, a região central da Índia, como sendo onde os arianos se localizavam – entre o Himavat e as montanhas Vindhya, leste de Prayag e oeste de Vinasana, onde o rio Sarasvati desaparece. Ali também se diz que a terra que se estende até os oceanos oriental e ocidental é chamada de Aryavata (local dos arianos) pelos sábios. Isto significa que o centro da civilização Védica no período era próximo do rio Sarasvati.


 

O ponto aqui evidenciado é que os arianos Védicos não poderiam ter invadido a Índia ou escrito o Rg-Veda após 1.800 a.C. e terem conhecido o rio Sarasvati. Na verdade, para o rio ter sido encontrado tão grandioso como se o descreve nos Vedas e Puranas, os arianos têm de ter existido na área por pelo menos muitos milhares de anos antes do rio começar a secar. E se os arianos não foram os primeiros nesta área, por que, então, não há nomes pré-arianos para tais rios? Ou, então, por que ninguém descobriu a língua pré-Vale do Indo uma vez que este foi habitado por um povo diferente antes dos arianos chegarem? E por que não há registro de nenhuma invasão ariana em nenhuma literatura Védica?


 

Em relação a isto, o Sr. K. D. Sethna aponta na página 67 de seu livro, The Problem of Aryan Origins From an Indian Point of View, que mesmo os estudiosos que acreditam na invasão ariana da Índia por volta de 1.500 a.C. admitem que o Rg-Veda não fornece nenhum indício de um adentramento no subcontinente indiano por parte alguma. Não se menciona nada sobre tal invasão. Através de nossa pesquisa e levantamento de evidências, o Rg-Veda pode ser datado ao redor de, pelo menos, 3.000 a.C. ou mesmo muito antes. Assim, para todos os fins práticos, há pouca razão para se discutir qualquer outra origem dos arianos Védicos que não a região da Índia setentrional.


 

Isto é corroborado na obra The Cultural Heritage of India (p. 182-183), onde se explica que a tradição indiana desconhece qualquer invasão ariana do noroeste ou de fora da Índia. De fato, o Rg-Veda (Livro Dez, capítulo 75) lista os rios na ordem do leste para o noroeste, o que estaria de acordo com a história nos Puranas de que a Índia era a morada dos arianos, de onde eles se expandiram a paises estrangeiros em várias direções disseminando a cultura Védica. O Manu-samhita (2.17-18) aponta especificamente que a região dos arianos Védicos é entre o rio Sarasvati e o rio Drishadvati, como similarmente encontrado no Rg-Veda (3.24.4).


 

Todas as guerras mencionadas na literatura Védica ocorreram entre pessoas da mesma cultura ou entre semideuses e demônios, ou as forças da luz e as forças da escuridão. A idéia de que o termo “ariano” ou “arya” se refere àqueles de uma raça em particular é enganador. Trata-se de um termo que significa qualquer pessoa – independente de raça – que é nobre e de conduta íntegra e virtuosa. Instilar a idéia de uma invasão ariana nos textos Védicos é meramente um exercício de isolar versos de seu contexto e mudar o significado dos termos. Mesmo a mais antiga obra escrita dos Vedas, o Rg-Veda, não contém nenhuma menção de uma tribo viajante de pessoas vindas de alguma terra sagrada original ou de quaisquer regiões montanhosas de fora da Índia. De fato, ele descreve o subcontinente indiano em termos reconhecíveis de rios e clima. O rio Sarasvati é frequentemente mencionado no Rg-Veda, o que torna claro que a região do Sarasvati foi uma área prima do povo Védico. Além disso, ele não descreve guerra alguma contra estrangeiros, nem capturas de cidades ou culturas adquiridas de qualquer espécie que indicariam uma invasão de uma tribo de fora. Somente muito tempo após o período Védico temos a invasão da Índia por parte dos muçulmanos e dos ingleses, para as quais há muitíssimos registros evidenciadores.


 

A literatura Védica é extremamente volumosa, e nenhuma outra cultura produziu algo similar no tocante à história antiga; nem os egípcios, nem os sumérios, nem os babilônios e tampouco os chineses. Então, se tal literatura foi produzida fora da Índia, como pode não haver nenhuma referência à sua terra de origem? Ainda no que diz respeito a isso, como poderiam tais supostos nômades primitivos que vieram invadindo a região do Indo inventar tão sofisticada língua e produzir tão distinto registro de seus costumes apesar de suas migrações e numerosas batalhas? Tudo isso é pouquíssimo provável. Apenas um povo bem estabelecido e avançado em seu conhecimento e em sua cultura pode fazer tal coisa. Desta maneira, podemos ver que os textos Védicos dão todas as indicações de que os arianos Védicos se originaram na Índia.


 

Destarte, foram-nos deixadas muitas evidências na forma de registros literários e de achados arqueológicos, como somos capazes de ver, que vão de encontro à teoria da invasão ariana. Tais evidências mostram como os arianos Védicos foram da Índia para o Irã, Mesopotâmia e Anatólia e prosseguiram para a Europa no sentido ocidental, e não em direção ao oriente. A teoria da invasão não é nada além de um produto da imaginação.

 

MAIS EVIDÊNCIAS ACERCA DA MORADA ORIGINAL

DOS ARIANOS VÉDICOS


 

Os sacerdotes brahmanas e os estudiosos indianos acreditam que a região do vale do Sarasvati e do Ganges é a origem da civilização indiana e da sociedade ariana. Isto pode ser creditado quando observamos as cidades nesta região. No norte de Delhi, por exemplo, está a cidade de Kuruksetra, onde a grande batalha do Mahabharata se desenrolou quando Sri Krsna ainda estava no planeta há mais de 5.000 anos. Há também a antiga cidade de Hastinapura, a qual esteve situada ao longo do Ganges até o rio mudar seu curso e findar a cidade em 800 a.C. Esta é a antiga capital da dinastia Kuru no Mahabharata. Remanescentes de cerâmica foram encontrados próximo dessa localização datando de, pelo menos, 1.200 a.C. Em Nova Delhi, encontra-se o sítio Purana Qila, que se sabe ter sido parte da antiga cidade de Indraprastha.


 

Uma interessante citação pode ser encontrada no multimilenar Srimad-Bhagavatam (10.72.13), a qual pode nos dar uma idéia de quão proeminente Indraprastha foi. Ali se afirma que, durante o período histórico em que Sri Krsna estava neste planeta, 5.000 anos atrás, o rei Yudhisthira enviou para fora seus irmãos, os Pandavas, a fim de que conquistassem o mundo em todas as direções. Tal ato destinava-se a fazer com que todos os países participassem da grande cerimônia Rajasuya, que seria realizada na antiga Indraprastha. Todos os países teriam de pagar uma taxa para auxiliar na realização da cerimônia e também teriam de enviar representantes para o dia da realização da mesma. Caso não quisessem cooperar, teriam, então, que batalhar contra os Pandavas. Deste modo, o mundo inteiro se subordinou à jurisdição da administração védico-ariana.


 

Ao sul de Nova Delhi, estão as cidades sagradas de Vrndavana e Mathura, ao longo do rio Yamuna. Estas duas cidades são conhecidas como locais dos passatempos de Krsna e de lendas Védicas que remontam milhares de anos, as quais também se descrevem na literatura Védica. Mais ao sul, localizada à beira do Yamuna, está a muitíssimo antiga cidade Kaushambi. Esta cidade ainda possui os remanentes de sólidas estruturas de defesa do século décimo a.C., as quais são muito similares às construções em Harappa e na região do Indo que usavam tijolos cozidos para as suas construções. O Yajur-Veda (Vajasaneyi Samhita 23.18) também menciona a cidade de Kampila, que se localiza aproximadamente a meio caminho de Hastinapura e Kaushambi. A próxima cidade é Allahabad (Prayaga), onde encontramos a confluência do Yamuna e do Ganges. Este local é de enorme importância, e abunda imensamente em lendas Védicas tão remotas em antiguidade que ninguém pode dizer quando se originaram. Há, então, ao longo do Ganges, Varanasi, que é outra cidade repleta de lendas Védicas antigas e importantes. A uma pequena distância ao norte de Varanasi, está Sarnath, onde Buddha deu seu primeiro sermão após ter-se iluminado. A quatro horas de trem ao norte de Varanasi está a cidade de Ayodhya, onde o Senhor Ramacandra instalou Sua capital, como se descreve completamente no Ramayana. E, é claro, há as montanhas dos Himalaias, às quais se associam muitas histórias Védicas. Além destas, há outras numerosas localidades que poderiam ser mencionadas em conexão com as lendas Védicas ao longo da região. (Grande parte de tais localidades já foram descritas nas seções Seeing Spiritual India de meus livros anteriores).


 

Conquanto alguns arqueólogos clamem não terem descoberto nenhuma evidência apontando a existência antiga da cultura védico-ariana na região do Ganges, mesmo uma visita casual por tal área, como mencionada acima, torna óbvio que essas cidades e locais sagrados não ganharam importância da noite para o dia, tampouco pela simples imigração de um povo que se diz ter trazido consigo os Vedas. Tais locais não poderiam ter sido incorporados às lendas Védicas tão rapidamente caso a cultura Védica fosse oriunda de outra localização. Portanto, o argumento de que a literatura Védica primitiva foi trazida de outra região ou de que ela descreve uma localização geográfica que não a Índia não pode ser tão facilmente aceito. O fato é que toda a Índia, estendendo-se até a região do Indo, foi a morada original da cultura védico-ariana, a partir de onde esta distribuiu sua influência pela maior parte do restante do mundo.


 


 

A EXPLICAÇÃO VÉDICA DOS ARIANOS ORIGINAIS

E DE COMO SUA INFLUÊNCIA ESPALHOU-SE

PELO MUNDO INTEIRO


 

Como o nome “ariano” foi dado àqueles que se diz terem invadido a região do Indo é algo tido como incerto, e, como demonstrei, se de fato houve alguma invasão não é mais um ponto de consideração legítimo. Nada obstante, o termo ariano vem sendo aplicado àquele povo que ocupou as planícies entre os Mares Cáspio e Negro. A hipótese é que eles começaram a migrar por volta do começo do segundo milênio a.C.. Alguns rumaram em direção ao norte e ao noroeste, alguns se dirigiram sentido oeste estabelecendo-se em partes do Oriente Médio, enquanto outros viajaram para a Índia através do Vale do Indo. Aqueles que se diz terem adentrado a Índia foram os “arianos invasores”.


 

A literatura Védica estabelece um cenário diferente. Ela apresenta evidências de que a Índia pré-histórica abrangia uma área muito mais ampla, e que os verdadeiros arianos não eram invasores do norte adentrando a região do Indo, mas eram os residentes originais descendentes da sociedade Védica, que se disseminara por todo o mundo a partir da região da Índia. Lembremos que o termo ariano é confundido como possuidor do significado de “claro” ou “compleição clara”. Contudo, ariano se refere a arya, uma consciência clara em direção a Deus, e não branco ou pessoas brancas. Nos sutras Védicos, a palavra ariano é usada para se referir àqueles que são espiritualmente orientados e de caráter nobre. A palavra sânscrita arya é linguisticamente relacionada à palavra harijana (pronunciada hariyana), palavra esta que significa “alguém relacionado a Deus, a Hari”. Assim, o verdadeiro significado do nome ariano se refere às pessoas relacionadas à espiritual cultura Védica, não tendo nenhuma ligação com aqueles imigrantes que alguns pesquisadores especularam serem os assim-chamados “arianos invasores”. Ariano faz referências àqueles que praticam os ensinamentos Védicos, e não a uma raça de pessoas em particular. Desta maneira, qualquer um pode ser um ariano caso siga a clara e luminosa filosofia Védica, ao passo que aqueles que não a seguem são não-arianos, também independentemente de sua raça. O nome ariano, portanto, como é em geral aceito atualmente, é erroneamente aplicado a um grupo de pessoas que se diz terem migrado do norte para Índia.


 

Alguns chamam esse povo de Sumérios, mas L.A. Waddell, muito embora use o nome, explica que o nome sumério não existe como um título étnico, senão que foi fabricado pelos assiriologistas modernos e usado para rotular o povo ariano. Dr. Hall, em seu livro Ancient History of the Near East, diz haver certa semelhança antropológica entre os dravidianos da Índia os sumérios da Mesopotâmia, o que sugere que o grupo de povos chamados sumerianos era, na verdade, de descendentes indianos. Com tal informação em mente, fica claro que os verdadeiros arianos eram os seguidores Védicos já em existência pela Índia e ao norte além da região do Indo.


 

A fim de ajudar na compreensão de como a influência ariana se espalhou pelo mundo, L.A. Waddell explica que os arianos estabeleceram as rotas comerciais pré-históricas por terra e mar desde, pelo menos, o começo do terceiro milênio a.C., se não muito antes. Aonde quer os arianos fossem, quer no Egito, na França, na Inglaterra ou em qualquer outro lugar, eles impunham a sua autoridade e sua cultura, basicamente para o melhoramento da cultura anterior da região. Eles colocaram tribos e clãs dispersos sob unidade nacional, unidade esta que se tornou cada vez mais luminosa dentro de seu sistema de organização social, comércio e arte. Buscando por novas fontes de metal, como estanho, cobre, ouro e chumbo, os arianos estabeleceram portos e colônias entre as tribos locais, que, posteriormente, desenvolveram-se em nações separadas, as quais tomaram muitas de suas tradições e traços culturais dos arianos reinantes. Naturalmente, à medida que o comércio com os arianos diminuiu, especialmente após a guerra do Mahabharata na Índia, variações das lendas e culturas tornaram-se proeminentes. Isto responde pelas muitas similaridades entre as diferentes civilizações do mundo, bem como pelas semelhanças existentes ainda hoje.


 

Outro ponto de consideração é que, uma vez que os arianos se centralizavam nas planícies ao Ganges e às montanhas dos Himalaias; de lá, eles podem ter-se disseminado sentido leste ao longo do rio Brahmaputra e pela planície do Tibete. Os chineses, na forma da tribo China, provavelmente também se originaram ali dado terem a lenda da montanha sagrada ao oeste com quatro rios. Os Puranas explicam que Manu e seus filhos reinaram sobre a área: sobre as terras do norte do Monte Meru àquelas ao sul do Monte Kailasa. Outros arianos poderiam facilmente ter descido o Sarasvati e o Sarayu adentrando o norte da Índia. Outros foram do Indo para a Caxemira e Afeganistão, e então para a Ásia Central. Outros adentraram as regiões do Gujarate e do Sind, e a Pérsia e a região do Golfo. Assim foi fundada a civilização suméria, juntamente com a Babilônia. Dessa localização, foram além, adentrando a Turquia e a Europa.


 

Após difundirem-se pelo sul da Índia, continuaram descendo o Ganges até tomarem, no mar, o sentido leste a fim de adentrarem a Malásia e a Indonésia e fundarem ali as antigas culturas Védicas. Pelo mar, procederam para a China, encontrando-se com os arianos que provavelmente já estavam lá. Da China e do oriente, eles navegaram pelo oceano pacífico e, finalmente, alcançaram e colonizaram as Américas. Abundantes evidências disso são apresentadas nos próximos capítulos.


 

Podemos ver um pouco do efeito dessa expansão a partir da Índia levando em conta o termo ariano. O nome harijana ou ariano evoluiu para siriano na Síria, para hurriano em Hurri, e em iraniano no Irã [que significa literalmente “terra dos arianos”]. Isto mostra que eles foram, em algum momento, parte da sociedade Védica. Um caso similar é o nome Pártias no império Parta (ou Parto), outro antigo país da Pérsia. Partha era um dos nomes de Arjuna, ariano Védico e amigo de Krsna, e significa “o filho do rei Prithu”. Assim, o nome pártia indica aqueles que são descendentes do rei Prithu. Os pártias também tinham um bom relacionamento com os primeiros judeus visto que os judeus costumavam comprar grãos dos pártias. Os gregos se referiam aos povos judaicos como judeos, ou Jah deos, isto é, Yadavas, o que significa povo de Ya, ou descendentes de Yadu, um dos filhos de Yayati. Também se atribui a base da Cabala, o livro das concepções místicas do judaísmo, como descrito em The Holy Kabbalah de Arthur Edweard Waite, a Kalipa Muni, sábio indiano e encarnação de Krsna que estabeleceu a filosofia analítica sankhya-yoga. Deste modo, a conexão com os primeiros judeus e a antiga cultura Védica é evidente.


 

Outro aspecto da conexão entre essas várias regiões e a cultura Védica é explicado na literatura Védica. No Rg-Veda (10.63.1), Manu é o primeiro dos reis e profetas. Manu e sua família eram sobreviventes da inundação mundial, como se menciona no Shatapatha Brahmana (1.8.1). Assim, um novo começo para a raça humana parte dele, e toda a humanidade é descendente de Manu [a palavra man, homem em inglês, é etimologicamente ligada ao sânscrito manu]. O Atharva-Veda (19.39.8) menciona onde sua embarcação atracou nos Himalaias. Um templo que demarca a localização onde a embarcação de Manu tocou pela primeira vez terra firme após o dilúvio encontra-se na Índia setentrional, nas colinas de Manali. Seus descendentes importantes são os Pauravas, Ayu, Nahusha e Yayati. De Yayati, vieram os cinco clãs Védicos; os Purus, os Anus, os Druhyus, os Turvashas e os Yadus. Os Turvashas são relativos ao sudeste da Índia, à Bengala, a Bihar e à Orissa, e são os ancestrais dos dravidianos e dos yavanas. Yadu é relativo ao sul ou sudoeste, a Gujarate e ao Rajastão, de Mathura a Dvaraka e Somnath. Os Anus são relativos ao norte, ao Panjabe, bem como à Bengala e a Bihar. Os Druhyus são relativos ao oeste e ao noroeste, como Gandhara e Afeganistão. Puru é conectado com a região central do Yamuna e do Ganges. Sabe-se que, com a exceção de Puru, todos, intermitentemente, caíram do dharma Védico, e várias guerras nos Puranas foram com esses grupos.


 

Como explicado por Shrikant Talageri em seu livro, The Aryan Invasion Theory: A Reappraisal (p. 304-305, 315, 367-368), de tais descendentes, os Purus foram o povo rg-védico e desenvolveram a cultura Védica na Índia centro-setentrional e no Panjabe ao longo do Sarasvati (Rg-Veda 7.96.2). Os Anus da Caxemira setentrional, ao longo do Parushni ou do moderno rio Ravi (Rg-Veda 7.18.13), espalharam-se pela Ásia ocidental e desenvolveram as várias culturas iranianas. Os Druhyus, do noroeste da área do Panjabe e da Caxemira, disseminaram-se para a Europa e se tornaram os ocidentais indo-europeus, ou os druidas e antigos celtas. Um primeiro grupo rumou sentido noroeste e desenvolveu o dialeto proto-germânico, e outro grupo viajou mais ao sul e desenvolveu os dialetos proto-helênico e ítalo-céltico. Outras tribos incluíam os Pramshus, na Bihar ocidental; e os Ikshvakus da Uttar Pradesh setentrional.


 

Já que se falou da Caxemira, interessante relatar que, de acordo com a lenda, milhares de anos atrás, a Caxemira era um grande lago rodeado por belos picos montanhescos. Foi ali onde a deusa Parvati permanecia em seu barco. Um dia, ela foi ver o senhor Shiva nas montanhas. Então, um grande demônio tomou posse do lago. Kashyapa Muni, que estava presente no contexto, pediu à deusa que retornasse. Juntos, eles expulsaram o demônio e criaram um imenso vale, o qual se chamou Kashyapa-Mira, sendo, posteriormente, reduzido para Caxemira. Mais uma vez, demonstra-se a conexão Védica desta região.


 

Outras tribos mencionadas nos textos Védicos incluem os Kiratas, que são os povos montanheses do Tibete e do Nepal, frequentemente considerados impuros por não praticarem o dharma Védico. O Visnu Purana (4.3.18-21) também menciona os Shakas, que são os síntios da antiga Ásia Central; os Pahlavas, que são os persas; e os Chinas, que são os chineses. Todos eles são considerados nobres caídos, ksatriyas que foram expulsos da Índia durante o governo do rei Sagara.


 

Explicando mais detalhadamente, Yadu era o mais velho dos cinco filhos de Yayati. Yayati foi um grande imperador do mundo e um dos antepassados daqueles de herança ariana e indo-européia. Yayati dividiu seu reino entre seus filhos, que então deram início às suas próprias dinastias. Yayati teve duas esposas, Devayani e Sharmistha. Yayati teve dois filhos com Devayani: Yadu e Turvasu. Yadu foi o originador da dinastia Yadu, cujos membros se chamam Yadavas, posteriormente conhecida como Dinastia Lunar. De Turvaso veio a dinastia Yavana ou turca. Com Sharmistha, Yayati teve três filhos: Druhya, que iniciou a dinastia Bhoja; Anu, que começou a dinastia Mleccha ou grega; e Puru, que deu início à dinastia Paurava, a qual se diz ter-se instalado ao longo do rio Ravi e, depois, ao longo do rio Sarasvati. Alguns dizem que tal clã, posteriormente, prosseguiu para o Egito, e seus membros tornaram-se os faraós e soberanos da região. Estas tribos arianas, originadas na Índia pelo rei Yayati e mencionadas no Rg-Veda e nos Puranas Visnu e Bhagavata, distribuíram-se por todo o mundo.


 

O reino Yadava dividiu-se, ulteriormente, entre os quatro filhos de Bhima Satvata. De Vrishni, o mais novo, descendeu Vasudeva, o pai de Krsna e Balarama, e a sua irmã, Pritha ou Kunti. Kunti casou-se com Pandu, o príncipe Yadava, cujos descendentes tornaram-se os Pandavas. Kunti tornou-se a mãe de Yudhisthira, Bhima e Arjuna (Partha), os três Pandavas mais velhos.. Os Pandavas mais novos foram Nakula e Sahadeva, nascidos da segunda esposa de Pandu, Madri. Após mudarem para a costa oeste da Índia, viveram em Dvaraka sob a proteção do Senhor Krsna. Próximo do momento do desaparecimento de Krsna da Terra, uma guerra fratricida eclodiu, e a maior parte dos Pandavas foi morta, eles que haviam se tornado um enorme clã. Aqueles que sobreviveram podem ter prosseguido para o Vale do Indo, onde teriam iniciado outra parte de uma avançada sociedade Védica ou se unido a uma já existente. Outros talvez tenham continuado prolongadamente no sentido oeste, adentrando o Egito, e alguns em direção à Europa, como previamente explicado.


 

Isto é mais bem substanciado no Mahabharata, que menciona muitas províncias da Europa meridional e da Pérsia que já tiveram conexão com a cultura Védica. O Adi-parva (174.38) do Mahabharata descreve a província de Pulinda (Grécia) como tendo sido conquistada por Bhimasena e Sahadeva, dois dos irmãos Pandavas. Assim, os gregos antigos foram, em dado momento, parte de Bharata-varsa (Índia) e da civilização Védica. Posteriormente, todavia, o povo deixou sua afiliação com a sociedade Védica, em conseqüência do que foram classificados como mlecchas. Na seção Vana-parva do Mahabharata, é predito que tal sociedade não-Védica, um dia, reinaria grande parte do mundo, inclusive a Índia. Alexandre, o Grande, conquistou a Índia para a civilização Pulinda ou grega em 326 a.C., cumprindo, assim, a profecia.


 

As seções Sabha-parva e Bhisma-parva do Mahabharata mencionam a província de Abhira, situada próximo do que foi o rio Sarasvati no antigo Sind. É dito que os Abhiras eram guerreiros que haviam deixado a Índia por medo do Senhor Parashurama e se esconderam nas colinas caucasianas entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Posteriormente, por um período de tempo, eles foram reinados por Maharaja Yudhisthira. O sábio Markandaya, entretanto, predisse que esses Abhiras, após findarem sua conexão com a sociedade Védica, iriam, um dia, governar a Índia.


 

Outra província mencionada no Mahabharata (Adi-parva 85.34) é aquela dos Yavanas (turcos), que foram assim nomeados em virtude de serem descendentes de Maharaja Yavana (Turvasu), um dos filhos de Maharaja Yayati, como previamente explicado.. Eles também abandonaram a cultura Védica e se tornaram mlecchas. Eles lutaram na batalha de Kuruksetra contra os Pandavas ao lado de Duryodhana e perderam. Foi predito, no entanto, que eles, algum dia no futuro, retornariam para conquistar Bharata-varsa (Índia), o que de fato se concretizou. Muhammad Ghori, mais adiante na História, atacou e conquistou partes da Índia sob a bandeira do Islã dos países Abhira e Yavana ou turco. Desta maneira, podemos ver que essas províncias na área da Grécia e da Turquia (e as terras entre elas e a Índia) foram, no passado, parte da civilização Védica, e tiveram, em algum momento, não apenas laços políticos e culturais, mas também conexões ancestrais. Esta é a versão Védica da origem da civilização ariana e de como sua influência espalhou-se em diferentes graus pelo mundo.

  

Tradução de Bhagavan dasa (DvS) – Outras traduções em www.devocionais.xpg.com.br

 

A CRONOLOGIA DOS EVENTOS

NA DISSEMINAÇÃO DA CULTURA VÉDICA


 

Irei, agora, apresentar de forma cronológica a expansão da cultura Védica a partir da Índia. De acordo com a tradição Védica, o conhecimento espiritual, original e Védico foi dado à humanidade por Deus no começo da criação. Assim, houve uma civilização Védica altamente avançada e espiritualizada no mundo. Contudo, em conseqüência de muitas mudanças terrestres, como eras de gelo, terremotos, secas, etc., a estrutura das culturas globais mudou. Alguns desses eventos, como a grande inundação, são registrados pela maioria das culturas do mundo.


 

Muitos estudiosos acreditam que o dilúvio global ocorreu por volta de 13.000 anos atrás. Alguns trabalham com a possibilidade de ter sido um impacto meteórico o fator a ter desencadeado o fim da Era do Gelo e causado o degelo que produziu a água que inundou o planeta. Muita terra desapareceu, e a enchente global findou grande parte da população do mundo. Grandes lagos foram formados, todas as terras baixas desapareceram, e terras como o Egito tornaram-se umedecidas. Isto significa que a avançada civilização que um dia povoou a Terra encontrou, então, o seu fim, e seria substituída pelos sobreviventes. Estes foram os marinheiros habitantes do mundo aquático, como o Manu Védico e sua família, que sobreviveram à enchente e colonizaram outras partes do mundo.


 

Mais informações sobre a última era de gelo e o último dilúvio global são brevemente explicadas pelo Dr. Venu Gopalacharya. Em uma carta pessoal a mim (22 de julho de 1998), ele explicou que "há dezoito Puranas e sub-Puranas em sânscrito. De acordo com eles, somente aqueles que se estabeleceram sobre as mais altas montanhas da Ásia Central e ao redor do Mar Cáspio, isto após a quarta era de gelo, sobreviveram às geleiras e ao dilúvio. Durante o período do fim da quarta era de gelo e do grande dilúvio, houve 12 grandes guerras pelo domínio do globo. As regiões globais foram divididas em duas partes. Os adoradores das forças benéficas da natureza, ou Devas, estabeleceram-se do Mar Cáspio para o oceano oriental, e os adoradores das forças malignas da natureza ocuparam a terra a oeste do Mar Cáspio. Estes tornaram-se conhecidos como os assírios (Asuras), os Daityas (holandeses; dutch, em inglês), os Daiteyas (alemães; deutch, em inglês), os Danavas (dinamarqueses; danes, em inglês) e Danutusahs (celtas). Alguns deles migraram para o continente americano. Os maias, os toltecas e os regentes de Palenque (Patalalanke) são considerados como sendo os Asuras que migraram para Patala (terra abaixo), ou a terra dos imortais, Amaraka (Este é o sânscrito original do qual se deriva o nome América. Mara, em sânscrito, significa "morte", amara significa "não morte", ou "além da morte"). No dilúvio, a maior parte dessas terras foram submersas. Noé (Manu) e seus subordinados tornaram-se conhecidos como os Manavas, reinados pelos monarcas do globo. Eles foram sucessores de seus [de Manu] nove filhos e uma filha".


 

Dr. Venu Gopalacharya continua essa linha de pensamento em seu livro World-Wide Hindu Culture and Vaishnava Bhakti (páginas 117-118). Ele explica mais detalhadamente como essa cultura Védica continuou a se disseminar após o grande dilúvio. Foi sob a liderança dos príncipes da Dinastia Solar que um ramo dos indianos marchou para o oeste do rio Indo e ocupou a área de Abissínia e suas regiões circundantes ao redor dos rios Nilo, Gâmbia e Senegal. Os nomes de Abissínia e Etiópia são derivados de palavras que significam colônias de pessoas do Sindhu e dos Adityas ou Dinastia Solar. Podem-se reconhecer muitos nomes de lugares na Etiópia e ao redor dela que são derivados do sânscrito original. Assim, após o grande dilúvio, os nove filhos de Vaivasvata Manu (algumas referências dizem dez filhos) estavam reinando sobre as várias partes do globo. Eles e seus sucessores eram muito preocupados quanto ao estabelecimento dos princípios Védicos de Sanatana-dharma, o caminho progressista de vida para a reobtenção e manutenção de nossa identidade espiritual e conexão com o Supremo. Esta foi a essência dos ensinamentos de Vaivasvata Manu. Isto foi especialmente ensinado e seguido pelos grandes regentes da Dinastia Solar que governaram de Ayodhya. Esses princípios incluíam a prática de verdade, não-violência, celibato, limpeza, não avareza e ganância, firmeza mental, paz, retidão e autocontrole, como exemplificados pelo Senhor Sri Rama e Seus ancestrais, como Sagara, Ambarisha, Dilipa, Raghu e Dasaratha. Isto é explicado na obra Raghuvamsha, de Kali dasa, bem como em outros Puranas e Itihasas. Tal padrão tornou-se mais popular entre os antigos indianos do que entre outros povos em outras partes do mundo, e, por conseguinte, a Índia tornou-se o centro desse estilo de vida Védico desde tempos imemoriais.


 

Muito infelizmente, muitos dos mais antigos registros, nos quais nós provavelmente poderíamos encontrar informações mais precisas sobre esta sorte de história primitiva, foram destruídos por revolucionários fanáticos na Alexandria, em Pusa, em Takshashila e outros locais da Ásia Central, e Américas Central e do Sul. Eles o fizeram declarando que tais conhecimentos e registros eram desnecessários caso contivessem o que já estava em seus próprios livros religiosos, mas que deveriam ser destruídos caso tivessem algo diferente. Esta é a razão para as mitologias do Egito, da Babilônia, dos Judeus, do Antigo Testamento e do sagrado Corão conterem apenas breves relatos de fatos pré-históricos antes de 2.500 anos atrás, diferentemente das histórias muitíssimo ricas em detalhes que encontramos na literatura Védica antiga e na literatura purânica.


 

Em todo caso, podemos começar a ver que os arianos Védicos viveram na região da Índia desde o último dilúvio, aproximadamente de 13.000 a 10.000 a.C. Desta maneira, não pode ter havido nenhuma civilização pré-ariana nesta área a ser conquistada por assim-chamados "arianos invasores" em 1.500 a.C.


 

Valendo-nos das várias modalidades de evidência previamente fornecidas neste capítulo, está claro que o auge da Era Védica foi, certamente, muito antes de 3..100 a.C., ou mesmo por volta dos anos 4.000 e 5.000 a.C., como acreditam alguns estudiosos.


 

Bal Gangadhar Tilak, com base em datação histórica, estima que os Vedas tenham existência desde 6.000 a.C., enquanto outros propõe uma datação entre 7.000 e 8.000 a.C. Visto que a cultura Védica durante esse período exercia uma tradição oral, e a literatura ainda não havia sido colocada na forma escrita, os hinos básicos do Rg-Veda, e até mesmo o Atharva-Veda e outros, poderiam já ter existência há muitos milhares de anos. Tais Vedas eram usados na vida diária, como referência para a filosofia, a adoração e os rituais da sociedade. Eles eram, portanto, um produto altamente sofisticado de uma sociedade imensamente desenvolvida, e provavelmente datam da mais remota antiguidade. Ou, como a tradição em si explica, a essência do conhecimento Védico foi dada à humanidade por Deus no momento da criação universal e sempre existiu.


 

Por volta do ano 3.700 a.C., todos os principais livros do Rg-Veda já eram disponíveis e conhecidos. Tratava-se ainda, é claro, de uma tradição oral, e livros adicionais ainda poderiam ser adicionados. Um ponto de consideração a respeito disso é o fato de que o pai do grandioso Bishma foi Shantanu, a cujo irmão, Devapi, atribui-se muitos hinos do Rg-Veda. Isto não pode ter ocorrido muito antes de 3.200 a.C. uma vez que Bishma exerceu um papel proeminente na Guerra do Mahabharata em Kuruksetra, a qual se calcula ter ocorrido por volta de 3137 a.C. Outros cálculos podem ser feitos por meio da listagem dinástica disponível no Adi-Parva do Mahabharata. Com o auxílio da lista; de 3.100 a.C., obtemos aproximadamente um adicional de 640 anos ou mais, remontando a Sudas e à Batalha dos Dez Reis, como se descreve no Rg-Veda. Isto nos remete ao ano 3.730 a.C. O auge da Era Védica, por conseguinte, não pode receber uma data posterior a 3.700 a.C.


 

A partir da literatura Védica, também podemos constatar que o rio Sarasvati tem de ter estado em seu ápice por volta de 4.000 ou 5.000 a.C., senão antes. Este foi o período quando ele foi registrado no Rg e no Atharva-Vedas. Também foi este o período no qual a cultura Védica estava se espalhando pelo mundo, seja por razão de comércio ou migração, ou em decorrência das degeneradas tribos que estavam sendo expulsas da região indiana. Algumas das primeiras tribos a deixarem a Índia podem incluir os Prithu-Parthavas (que, posteriormente, tornaram-se conhecidos como pártias), os Druhyus (que se tornaram os druídas), os Alinas (helenos, ou gregos antigos), os Simyus (sirmios ou albanianos antigos), os Chinas (chineses) e outros. Isto pode ter ocorrido por volta de 4.500 a.C., como explicado por N. S. Rajaram em The Vedic Aryans and the Origins of Civilization (p. 210). Estes foram alguns dos primeiros arianos a criarem a mais antiga forma de sociedade indo-européia. Eles levaram consigo seus costumes, línguas e rituais Védicos, os quais gradualmente mudaram com o tempo em razão de sua falta de seriedade em seguir as tradições Védicas ou em razão de sua perda de contato próximo com a terra natal ortodoxa. Isto certamente ajudaria a explicar as muitas similaridades lingüísticas e culturais que encontramos hoje entre numerosas regiões do mundo, muitas das quais explicaremos posteriormente neste livro.


 

Durante o quarto milênio, por volta de 3.800 a.C., o norte da Índia abundava em água, possuindo imensos rios como o Indo, sentido norte; o Ganges, sentido leste, e o sistema central do rio Sarasvati-Dhrishadvati, que era abastecido pelo Sutleje e pelo Yamuna. O grande deserto Thar ainda não havia criado uma divisão entre o norte da Índia e as regiões ocidentais. Assim, tratava-se de uma única entidade cultural. Deste modo, a sociedade Védica central cobria uma área muito mais extensa, e possuía uma influência muito maior do que a mera extensão territorial da Índia de hoje.


 

Entretanto, antes da Guerra do Mahabharata, o Yamuna havia mudado seu curso e não estava mais fluindo para dentro do Sarasvati, senão que desaguava no Ganga. No tempo do Mahabharata, ao redor de 3.100 a.C., o Sarasvati é descrito em relação à peregrinação de Balarama (Shalya-Parva, 36-55) como ainda significativo em sua sacralidade, mas, de sua origem, ele fluía apenas pela extensão de uma viagem de quarenta dias a cavalo para dentro do deserto, onde desaparecia. Tudo o que foi deixado foram os locais sagrados que costumavam ficar às suas margens (como também se menciona em 3.80.84, 3.88.2 e 9.34.15-18).. O Mahabharata também descreve a localização geográfica do rio afirmando que ele flui próximo a Kurukshetra (3.81.125). Informações similares, juntamente com o local onde o Sarasvati desaparece, Vinasana, são encontrados no Manu-samhita (2.21). Gradualmente, o deserto expandiu-se e as pessoas da região ocidental continuaram a migrar mais a oeste, perdendo contato com suas raízes Védicas. Este fenômeno contribuiu para o avanço do desenvolvimento das comunidades sumérias e egípcias.


 

O próximo grande período de tempo posterior a 3.100 a.C., ou antes, não apenas marca a era da Guerra do Mahabharata, o desaparecimento do Senhor Krsna e o começo de Kali-yuga, como marca o começo da fim da Era Védica. A guerra em Kuruksetra foi o começo do colapso da cultura Védica e de seus contatos globais. Trata-se também do momento em que as principais porções restantes da literatura Védica foram compiladas, o que foi realizado por Srila Vyasadeva, em razão do que Ele apareceu neste mundo. E, dado não ter havido nenhuma invasão ariana vindo para a Índia ou para a região do Sarasvati do Indo, como já estabelecemos, também é o período em que a civilização harappiana começou a se formar ou a alcançar o seu apogeu, caso já existisse. Além disso, este também foi o período das primeira e segunda dinastias do Egito, o que é corroborado pelo fato de que muitos acadêmicos acreditam que as pirâmides do Egito tenham sido construídas nessa época. Alguns estudiosos acreditam que a pirâmide Step de Sakkara, a 50 quilômetros de Guiza, foi construída aproximadamente há 5.000 anos (por volta de 3.000 a.C.), enquanto outros consideram que ela data de 2.650 a.C. Isto também sugere que a civilização suméria estava entrando em seu auge também neste período. Foi também quando os egípcios e sumérios contaram com os sistemas e fórmulas matemáticas dos Shulbasutras da Índia para sua arquitetura, para seus altares e para o planejamento urbanístico, como também revelam os sítios da civilização harappiana.


 

De 3.000 a 2.000 a.C., enquanto as pessoas continuavam a se espalhar da Índia para o ocidente, ainda havia muito contato entre a Índia e regiões como o Egito, a Suméria, a Mesopotâmia e outras. Contudo, a grande seca de 300 anos na área criou intensas dificuldades para todas essas civilizações. Muitos concordam que a civilização harappiana encontrou seu fim por volta de 2.500 a 2.200 a.C. Essa seca de 300 anos, e não invasores, foi a causa do começo do fim dos domínios harappianos, bem como daqueles da sociedade acádia. A civilização egípcia antiga também pode ter sido findada em razão dessa seca, deixando-nos apenas com remanentes de seus monumentos e escritos que ainda hoje estamos tentando compreender completamente. Seu povo provavelmente migrou em busca de melhores recursos. Além disso, entre 3.000 e 2.500 a.C. é também o período, de acordo com estimativas da arqueologia britânica, a que se atribui a chegada dos druidas e de seus sacerdotes na Bretanha. No entanto, os druidas ingleses clamam que sua origem é oriental e que data de antes de 3.900 a.C., o que é mais de acordo com a versão Védica.


 

No ano 2.000 a.C., o Sutlej também já havia mudado o seu curso e fluía para o Indo, enquanto que o deserto crescia incessantemente. Isto deixou o Sarasvati com poucos recursos para continuar sendo o grande rio que um dia havia sido. Próximo de 1.900 a.C., o rio Sarasvati, por fim, parou de fluir e secou completamente, contribuindo para a dispersão das pessoas da Índia setentrional para outros lugares, e tornando a região do Ganges a mais importante para a sociedade Védica restante. Uma vez desaparecido o Sarasvati, o Ganga o substituiu como o mais sagrado dos rios.


 

O período posterior a 2.000 a.C. foi de intensa migração dos arianos indianos para a Ásia Ocidental, para a Mesopotâmia, para o Irã e mais além. Houve a fundação dos Cassitas, dos Hititas, e Mittanis, juntamente com os Celtas, os Cítios, etc.


 

A razão pela qual a população da Europa gradualmente se esqueceu de sua conexão com a Índia foi o fato dos contatos com a Índia terem-se reduzido aos gregos e romanos. Então, quando Alexandre e os gregos invadiram a Índia, os contatos foram reduzidos a quase zero por séculos. Em seguida, os romanos se tornaram cristãos, forçando o restante da Europa a também o ser. Isto deixou os árabes como os comerciantes primários com a Índia e a Europa, até que as guerras se desenvolveram entre os cristãos e os crescentes muçulmanos. Quando os muçulmanos capturaram Constantinopla na Turquia, eles controlaram todas as rotas comerciais entre a Europa e a Índia e forçaram os europeus a encontrarem uma rota marítima para a Índia. Isto levou ao "descobrimento" da América, da Austrália e de partes da África. Posteriormente, com a abertura das rotas comerciais com a Índia, missionários, novos invasores e assim-chamados estudiosos começaram as novas conquistas. Com eles, também vieram novas versões da História, inventadas a fim de diminuir os verdadeiros herança e legado da Índia.


 


 

CONCLUSÃO


 

Este capítulo fornece evidências da verdadeira origem dos arianos Védicos. Ele também deixa claro que é para o leste, especialmente a área da Índia, onde as origens da civilização avançada e a essência da religião e da filosofia espiritual podem ser traçadas. De lá, a influência ariana espalhou-se para muitas regiões e ainda pode ser reconhecida em numerosas culturas. Apenas algumas poucas pessoas de mente aberta que olham toda a perspectiva deste tipo de desenvolvimento religioso irão compreender a inerente unidade que o mundo e sua história possuem. Tal unidade é perturbada apenas pelos sentimentos imaturos, dogmáticos e auto-centrados da humanidade em prol de superioridade regional e cultural. Vemos isso na propaganda que foi efetivamente usada pelos nazistas e que é atualmente usada pelos neonazistas e grupos supremacistas brancos, os quais agora empregam o mito moderno de que a localização original da raça ariana era na Europa setentrional. Deste modo, eles pressupõem que membros dessa raça são superiores a todas as outras raças em termos físicos, lingüísticos, culturais e de capacidade mental. Este mito deve ser revisto, pois não há dúvidas de que as verdadeiras pessoas arianas originaram-se e espalharam-se a partir da região da Índia e do Vale do Indo, e não a partir da Europa.


 

Como muito bem explica N. S. Rajaram em Vedic Aryans and The Origins of Civilization (p. 247-248), "para concluir, agora está claro que existiu uma grande civilização - uma civilização basicamente espiritual, talvez - antes do surgimento do Egito, da Suméria e do Vale do Indo. A região vital e central desse mundo antigo foi a região do Indo ao Ganges - a terra dos arianos Védicos".


 

"Esta conclusão, derivada de descobertas científicas das últimas três décadas, destrói a teoria de que nômades arianos da Ásia Central teriam descido para as planícies da Índia no século segundo aEC e estabelecido sua civilização e composto o Rg-Veda. O retrato apresentado pela ciência, portanto, é muito diferente daquele encontrado nos livros de história que colocam o "berço da civilização" nos vales ribeirinhos da Mesopotâmia. A ciência moderna e os registros antigos também fornecem-nos uma pista para uma incógnita histórica há muito sem resposta: por que, desde tempos imemoriais, povos da Índia e do Sri Lanka e povos da Inglaterra e da Irlanda falam línguas claramente relacionadas umas às outras e possuem mitologias e crenças tão notadamente similares?"..


 

"A resposta é simplesmente: eles eram parte de uma grande civilização que floresceu antes do surgimento do Egito, da Suméria e do Vale do Indo. Trata-se de uma civilização antes do nascer das civilizações".


 

Também posso dizer que isto corrobora a história como ela é encontrada na literatura Védica, especialmente no Rg-Veda e nos Puranas. Isto auxilia, portanto, na comprovação da autenticidade da cultura Védica e de nossa premissa de que ela foi a civilização antiga original, uma sociedade espiritual que se valeu do conhecimento como dado por Deus desde o tempo da criação e posteriorizado pelos sábios que o seguiram. De acordo com um recente estudo racial, The History and Geography of Human Genes, confirmou-se que todas as pessoas da Europa, do Oriente Médio e da Ìndia pertencem há um único tipo de raça caucasiana, o que significa que elas têm que ter vindo de uma mesma fonte. Assim, somos todos descendentes dessa grande cultura Védica, cujo centro é a Índia. À medida que mais evidências vierem à tona, elas apenas provarão como os relatos do Rg-Veda e dos Puranas são fidedignos e apontarão para a área da Índia setentrional como a terra original dos arianos Védicos.


 

O ponto central de tudo isto é que mesmo que os muçulmanos, os cristãos, os judeus, os budistas, os hindus, etc. mantenham todos suas ideologias, lendas e tradições, deveríamos compreender verdadeiramente que todas essas lendas e concepções de Deus e de formas de adoração se referem, em última instância, ao mesmo Senhor Supremo e mesmos semideuses menores, conquanto possam ser tratados por diferentes nomes de acordo com as atuais variações regionais e culturais. Em outras palavras, todas essas doutrinas e fés são simplesmente desenvolvimentos da religião original e da adoração à Deidade suprema e única que se espalharam pelo mundo muito anos atrás a partir da mesma fonte básica, e que agora são expressas na forma das várias diferenças culturais do mundo. Portanto, independente de com qual religião nos identifiquemos pessoalmente, somos todos parte da mesma família. Somos meramente outro ramo da mesma árvore que pode ser traçada às raízes originais da pré-história do pensamento espiritual encontrado na cultura Védica, a tradição filosófica e espiritual mais antiga e mais desenvolvida do mundo.


 

Nos capítulos que se seguem, estes pontos ficarão mais evidentes à proporção que começarmos a analisar mais detalhadamente cada cultura e religião individual e as várias localidades pelo mundo reconhecendo as numerosas conexões e similaridades que possuem com as tradições e o conhecimento Védicos.


 


 

Tradução de Bhagavan dasa (DvS)

 

               

 

 

 

AS TRÊS GRANDES ONDAS DE SRI CAITANYA MAHAPRABHU NO BRASIL

(História do Movimento Hare Krsna no Brasil - por Vyasa Dasa)

Relato Histórico do Inicio do Vaisnavismo no Brasil em 1973, com A.C. Bhktivendanta Swami Prabhupada, e os demais momentos importantes que se seguiram com a continuidade evolutiva do Estabelecimento de Grandes Acaryas Vaisnavas, sendo Srila Sridhara Maharaja a partir de 1.980 e atualmente Srila Narayana Maharaja.

 

 

 

 

 

Retornar Acervo

 

Página Inicial

 

 

Estamos no Ar desde 20 de janeiro de 2.003
Você é o nosso visitante nº

<>

Agenda Vaisnava -Bhakti Yoga - Links - Comunidades Vaisnavas no Orkut - Culinária Vegetariana  -Editorial - Doações - E-mail Guardiões/Fale Conosco - Índice de Textos - Linha Editorial  - Livros - Notícias - Orkut - Guardiões.com - Orkut  Tulasi Dev  - Página Antiga - Página Principal em  Português -  Parampara - Relação de Editoriais e Textos - Sridhara Maharaja no Brasil - Srila Prabupada no Brasi -  Tilaka - Tulasi

ÍNDICE DE TEXTOS ANTERIORMENTE PUBLICADOS E

Quem Somos - Artes Marciais - Bhakti Yoga Links - Livros -   Linha Editorial  - Fale Conosco - Acaryas